23/02/2011

Somos donos das nossas imagens, ou se calhar nem por isso

Trabalho num local que só por ser uma relativa "novidade", atrai muitos repórteres, muitos fotógrafos e muita captação de imagem. Não me importo, quando não me incomodam e quando fazem o seu trabalho de modo profissional e simpático; normalmente, pedem autorização ou tiram fotografias genéricas do espaço, o que também não me rala nada. Agora chegar cá alguém e achar-se no direito de tirar as fotografias que bem entende e captar quem bem lhe apetece só por ser repórter fotográfico ou operador de câmara, isso tenham paciência, mas acho insuportável. Não gosto de quem se acha dono das imagens só porque elas estão à vista, e o facto de ter autorização para fotografar o espaço não lhe dá autorização para andar a fotografar pessoas, pormenores, ecrãs ou detalhes que possa achar relevantes para o seu trabalho, pelo menos não sem falar com as pessoas em questão. Se calhar apanhou-me só num dia menos simpático, todos temos os nossos, mas não suporto mesmo que alguém se ache no direito de andar a captar tudo só porque "tem uma autorização" genérica de quem cede o espaço e uma máquina fotográfica na mão. Haja paciência para falta de profissionalismo. 

22/02/2011

Declaro

Que desde que descobri que conseguia fazer scones aveludados em 16 minutos, pretendo explorar a nobre arte da panificação. Quem sabe se depois de descobrir que não sou talhada para as artes do peixe, descubro que sou uma panificadora nata? Mais novidades em breve. A única coisa que me impede de fazer disto vida é saber que vou ser a minha própria maior cliente.

17/02/2011

Peeeeixe, peixe, peixe, peixe!

Ao fazer um workshop de sushi, constato que a herança da família ligada ao peixe não me corre nas veias. Já não descascava um camarão há mais de uma década, até ontem (infelizmente para o camarão, coitado, já não lhe bastava ter de levar com um espeto de pau antes de cozido), e os meus dotes de corte de dourada são tão bons como provavelmente a minha pontaria superior na arte do tiro ao prato sem nunca ter experimentado, ou seja, roçam o nível "nulidade absoluta com tendência à catástrofe total". Posto isto, sabendo que nunca irei atingir a fama numa área ligada ao sushi, até por não poder com o cheiro pestilento do peixe nas mãos que dura, dura, e dura, resta-me dedicar às áreas da outra parte da família: a mercearia. Penso que nessa é que terei reais hipóteses de conseguir alcançar o estrelato. Eu mantenho-vos a par.

13/02/2011

Estou

a um passo extremamente pequeno de deixar de ir ao supermercado cujo nome começa por p, acaba em ingo e depois tem um nome adocicado. É que de tanto me quererem convencer de que são sempre os mais barateiros, estou a desconfiar. 

11/02/2011

Isto não é sobre uma cidade [ou declaração de amor]

Há um ano, fazia a primeira das viagens do ano para conhecer, finalmente, Berlim, mas estas linhas não são sobre essa cidade. São sobre a língua que escolhi aprender há uns anos, que tanto trabalho me deu, que deixei adormecer durante anos, que reavivei e que é hoje uma das línguas com que lido no dia a dia. É inexplicável por que fico tão feliz num ambiente onde se fala alemão, mesmo que o pavor de morte de errar alguma coisa faça com que muito-mais-raramente-do-que-devia arrisque falá-lo (shame on me). No entanto, o meu sorriso mental quando estou rodeada de pessoas a falar alemão diz-me sempre que foi das melhores decisões que já tomei na vida, e como é bom acertar nalgumas coisas, de vez em quando.

10/02/2011

Números

Nem uma dúzia de posts no ano passado, nem sequer unzinho por mês. Uma vez que essa média é simplesmente miserável, a minha única promessa para 2011, feita agora em Fevereiro, vai ser aumentar a média para um valor astronómico, isto tendo em conta que comparado com menos de meia dúzia, até 24 irá parecer um número extremamente promissor!