14/01/2014

Um glorioso dia

Em que finalmente, depois de muito penar e me auto-flagelar pela minha péssima memória, redescobri o nome do meu vizinho da frente no escritório. O senhor que todos os dias espezinhava a minha memória com um "Bom dia, Isabel" irá agora ouvir de volta um "Bom dia, Rui", em vez de um bom dia muito bem intencionado, mas sem personalização.

Sete anos, sete

Há uns dias, passaram-se sete anos desde que pus os pés nesta cidade para ficar. Pelo menos, enquanto me apetecer ficar. Tem apetecido sempre, e por isso continuo cá. Cada vez mais, com a certeza de que as distâncias são muito, mas mesmo muito relativas.

Em sete anos, sete, muita coisa mudou, e só ao fim deste tempo começa esta a ser um bocadinho a minha cidade também, onde tenho bons amigos e onde já encontro pessoas na rua sem querer; a cidade que tem segredos que vou desvendando e na qual os pés conquistam cada vez mais metros e recantos.

A cidade onde nasci nunca vai ser esta, nem esta vai tomar o lugar da cidade onde nasci: venho orgulhosamente do cinzento; mas esta luminosidade já conquistou o seu lugar cativo no meu mapa pessoal.

E milhentos dias depois, é dia de voltar [outra vez]

Será que vai ser em 2014 que este blog vai ser desempoeirado de vez?