A minha casa nova tem alguns defeitos, que vou constatando agora que lá estou. Por exemplo, o fogão está parcial e irremediavelmente avariado. As persianas/estores não funcionam (mas isso irá ser remediado em breve). O sofá-cama tem mazelas antigas. Há pouco espaço para a minha tralha toda (mas ela há-de lá caber custe o que custar) e as coisas não parecem nunca estar arrumadas (por mais horas que eu passe a tentar que pareçam). A vizinha de baixo parece ser muito chata e tem um ar ligeiramente psicótico. O supermercado mais próximo não é assim tão próximo quanto isso. E o senhor do pomar duma rua lá perto é daqueles velhinhos demasiado simpáticos.
E no entanto, é a primeira casa que não é minha, mas que parece sê-lo. Estranho, como as coisas irresistíveis podem ter inúmeros defeitos e como mesmo assim conseguimos gostar bastante delas. É que eu faço sentido naquela casa, assim cheia de defeitos; parece quase humana.
E no entanto, é a primeira casa que não é minha, mas que parece sê-lo. Estranho, como as coisas irresistíveis podem ter inúmeros defeitos e como mesmo assim conseguimos gostar bastante delas. É que eu faço sentido naquela casa, assim cheia de defeitos; parece quase humana.
2 comentários:
Quando um lugar tem parte de nós...torna-se assim...
E eu estou prestes a ir comprovar :p (sim..porque não te safas! hehe)
A perfeição não tem graça, são as imperfeições que dão sal à vida!;-)
Beijos
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