01/12/2009

Adeus, nós voltamos já

Tenho uns grandes amigos que vão viver para outro continente durante um período de tempo supostamente limitado. Fico muito contente por eles, contente porque eles parecem contentes e triste por mim e por saber que vou sentir um pouco a falta deles. Mas as coisas são mesmo assim, nem sempre temos o que queremos e quanto mais depressa nos habituarmos, mais fácil é. Portanto, sei que lhes digo um até já um pouco mais demorado e conto os dias para os ir visitar, lá de um dos outros lados do mar. A grande vantagem é que já sei por experiência própria o quanto as amizades não se medem pelas distâncias; outra grande vantagem é que eles vão andar por muitos sítios que gostava tanto, mas tanto de visitar. Acho que afinal o destino me vai levar lá mais cedo do que pensava.

A capella II

E a menina? Dança :)

12/11/2009

Casa nova!

Toda uma nova saga de mudanças dentro de alguns dias. Vai ser a quarta casa para a qual me mudo em Lisboa em menos de três anos, portanto pode dizer-se que me estou a tornar uma verdadeira profissional do empacotamento e operação inversa. Perguntam-me se já não estava na hora de escolher uma casa para mais tempo: nem por isso. À quantidade de tralha que eu acumulo em pouco tempo, as mudanças são a verdadeira filtragem do que realmente interessa; ou do que de facto não interessa, mas vai andando comigo de um lado para o outro. Desejem-me sorte :)

05/11/2009

A capella

É em silêncio que te acompanho, sem música a disfarçar o desafinado. Tu não cantas, eu tento não desafinar demasiado. Mais cedo ou mais tarde, a música volta e podemos continuar só a dançar, sem mais palavras nem distâncias. Disse-te as palavras duras que precisavas de ouvir, disseste que era exactamente aquilo que precisavas de ouvir; e foi tão bom ouvir isso e sentir as minhas palavras úteis. Quando voltares, cá te espero e não te vou dizer nada, só deixar-me ir na dança.

I'm leaving today

Até ao fim do ano, mudo de casa, outra vez. As visitas a potenciais nossas-futuras-casas prometem. Ontem, uma cheirava a tabaco e mofo. Hoje, uma cheirava a mofo e a outra tinha alcatifa: a coisa, portanto, só pode melhorar. O objectivo agora é combinar alcatifa, mofo e intenso odor a tabaco num só apartamento. A cereja no topo do bolo? Tentarem disfarçar o cheiro com ambientadores de baunilha, dos quais gosto tanto como de bolhas nos pés. Ora como vou ver mais casas nos próximos dias do que nos últimos 4 anos juntos, espero ter novidades em breve. Que não envolvam o jackpot olfactal que referi há pouco; sim, o nariz de uma pessoa tem limites, OK?!

Start spreading the news...

Perdi os óculos nos Estados Unidos. Vejo pior em alguns momentos, mas vim muito mais feliz. A conclusão lógica é que a felicidade não deixa de o ser por estar assim, meia desfocada de vez em quando.

08/10/2009

Pés na terra, cabeça no ar



Ou de como a vida de todos os dias pode dar tantas voltas, mas nós podemos continuar coerentes no nosso caos diário.

01/09/2009

Tempo, tempo, tempo!

Já tenho mais e estou contente só por isso :)

09/08/2009

Isto nunca foi tão verdade

Ou pelo menos nunca o senti tanto na pele: tenho tantas, tantas saudades de ter tempo. E nunca faltou tão pouco, tão pouquinho para finalmente ter algum, ao fim de meses. Já falamos.

18/07/2009

30!

A minha nova década começa com muitas surpresas; tudo a ser orquestrado e eu sem desconfiar de nada! Foi preciso mudar de casa das dezenas para ter a primeira festa-surpresa da minha vida, com alguns dos melhores amigos de sempre e o melhor namorado de todo o mundo a fazerem-me entrar nos 30...a chorar :) E há lá melhor maneira de se começar do zero (OK, aqui em sentido figurado, claro, enquanto renovação, que eu tenho apreciado a evolução) do que lavando a alma?

Não bastasse isso, ainda recebi prendas que nunca pensei receber e que adorei, incluindo a prenda de ir lá longe, ao outro lado do oceano, ver uma das minhas Anas; mas o melhor de tudo, o melhor acima de todas as coisas, foi estar com quem estive e saber que tenho a sorte de ter quem me surpreenda e quem saiba exactamente como me tirar as palavras da boca.

Do coração, muito obrigada! Vai ser um dia que nunca vou esquecer :)

09/07/2009

3 dias

A três dias dos 30, descubro que estou oficialmente bastante stressada. Ou pelo menos, uma máquina diz que sim. E de repente, assim de repente, tive saudades do chão azul do Campo Alegre, da voz do meu professor de yôga, dos sábados de manhã e das práticas na relva, da amizade sem olhar a quase nada que não fosse a união da filosofia de vida comum. Tive saudades dos sons e de os vocalizar, vim sozinha pela rua a relembrá-los. E tomei uma das minhas decisões pré-trinta: vou voltar - e preciso de voltar - logo que possível.

Além disso, e devido ao pouco tempo livre, escrevi aqui num post-it tudo o que tenho de fazer assim que tenha tempo. Para olhar e lembrar: nunca faltou tão pouco para poder fazer isto tudo, nunca faltou tão pouco para se acabarem mais estas (tantas) palavras.

06/07/2009

Das manias

Quando dizemos a alguém que tem a mania das limpezas, estamos a dizer-lhe que deveria limpar menos, perdendo menos do seu precioso tempo com ela e com os outros, eventualmente até connosco, ou estamos veladamente a agradecer-lhe pelo trabalho que tem? É uma mania das limpezas irritante ou agradável? Nunca compreendi bem esta dicotomia. Porque sim, tenho um bocado a mania das limpezas; aprendi sempre que tenho de deixar as coisas como gosto de as encontrar (muitas vezes, da pior das formas); para mim, isso é bom, porque me queixo menos do que me rodeia (e sim, eu queixo-me bastante). Agora se para os outros as limpezas são más, o que fazer? Perder o meu precioso tempo quando decidir perdê-lo ou chatear-me mais vezes?

01/07/2009

Mal-entendidos

Pior que ser mal compreendido é ser mal compreendido por aqueles que esperamos que nos compreendam melhor. Pior ainda que isso, só ser mal compreendido quando as palavras faladas nos saem da boca meia dúzia de vezes por dia e quando acho que já esgotei todas as palavras que tinha a escrever. E mesmo assim, consigo escolher as erradas nas poucas que reservo para falar.

30/06/2009

Faltam 12 dias e tenho saudades...

...dos tempos em que celebrar os anos era ir a uma das melhores gelatarias do planeta terra e comer a minha taça preferida. Das batatas fritas das festas em casa, que demoravam horas e horas a preparar (e melhor, eu não podia sequer aproximar-me). Dos familiares e amigos todos que iam às festas, tantos que nunca mais vi, alguns que não poderei ver nunca mais. De muitas prendas. De encher agendas com coisas inúteis. De ter tempo para tudo e mais alguma coisa no dia dos anos. De ter uma roupa especial para aquele dia com uma cor berrante e um formato estranho (ah, os doces oitentas!). De querer que o dia nunca mais acabasse, e isto não necessariamente apenas o dos anos. Faltam 12 dias.

18/06/2009

Percursos

Saio de casa, viro à esquerda, cumprimento o Sr. Inácio que está sempre a falar com alguém na rua a essa hora, atravesso e viro à direita, subo, subo, subo, olho para as motas estacionadas a ver se alguma me agrada, se houver uma vermelha penso que é bonita, observo o senhor gordinho que está sempre a ler o jornal no carro e pergunto-me sempre por que motivo lá estará, passo no café de esquina que fecha e que nunca tem ninguém embora exiba muitos bolos, subo, subo, passo nas lojas a que não compreendo que alguém vá, vejo os senhores da loja ajentejana que estão sempre a conversar cá fora com os senhores da loja de vimes, olho para o andar de cima do prédio de esquina que está para venda há meses, páro à espera da ordem de atravessar, boa tarde, e sigo em frente, vejo os preços demasiado caros dos restaurantes que aspiram a finos, passo o ginásio só para mulheres, viro à direita onde encontro a rua com nome de substância de mar, que está semi-abandonada, onde tudo está semi-abandonado ou à venda ou a cair, passo o restaurante que cheira sempre bem, cruzo-me com os funcionários das instituições que por ali estão, sigo, sigo, passo a loja de café que gostava de encontrar aberta e os polícias da embaixada, viro à esquerda, entro, aliviada, nas escadas da casa antiga e penso que há poucas coisas tão refrescantes como as escadas, subo, subo, entro, digo boa tarde que é um fixe mais dois toques de mão aberta com dedos juntos do lado direito da cara, palma voltada para a frente. e entro no mundo do silêncio.

03/06/2009

A mala mais mal feita do mundo

Tenho algum cuidado, não excessivo nem obsessivo, com o que levo nas malas de viagem. Gosto de ir prevenida, mas sem exageros, e tenho conseguido sempre levar malas relativamente bem feitas. Sim, também levo sempre coisas a mais, mas os limites da aviação comercial são um bom calmante para o entusiasmo de fazer a mala com tudo o que vem à rede. No entanto, desta vez...desta vez, eu acho que consegui, sem sequer me esforçar, fazer a pior mala de sempre; levei roupa e calçado totalmente desadequados; esqueci-me de coisas essenciais; levei outras que não fizeram falta rigorosamente nenhuma, porque mais de metade do que levei na mala foi inútil para a viagem. Depois, penei ao precisar do que não tinha, sofri com o calor (mesmo que inesperado), tive de comprar coisas totalmente desnecessárias. Posso dizer com toda a segurança que na mala que fiz, quase tudo estava mal.

No final disto tudo, consegui ter umas das melhores férias de toda a minha vida. A verdadeira prova de que as circunstâncias podem ser, realmente, tão secundárias, tão ultrapassáveis. Neste caso concreto, com direito a várias ultrapassagens, legais, pela direita. E esta?

27/05/2009

Um país novinho em folha!

Quando era mais pequena [ainda], viajei bastante pela Europa com família e em grupos grandes. Não é que tenha ficado a conhecer tudo e mais alguma coisa, mas consegui ficar com uma ideia relativamente decente dos países, normalmente filtrada por aquilo de que mais gostava na época. Adianto-vos desde já que um dos meus critérios prioritários da adolescência era, por exemplo, a qualidade e as dimensões das piscinas; outro, a qualidade dos gelados locais. Prioridades estas que no fundo até não se alteraram, mas que mascaro com outras mais próprias da minha idade: do género, a qualidade dos museus ou o grau de confortabilidade do colchão do alojamento (OK, isto é mentira). Verdade verdade, é que por mais que eu goste de um museu, nada me compra como uma boa e gigantesca piscina ou um cone com dois sabores de comer e chorar por mais.

A intenção de dizer tudo isto é basicamente uma só: vou visitar, a partir de amanhã, um dos países europeus a que ainda não fui nestas deambulações entre piscinas e gelados. E a sensação de ir visitar algo novinho em folha, que nunca vi e que nem sequer imagino direito, é algo que queria guardar bem vivo, aqui comigo :)

24/05/2009

Das convivências

Eu reconheço que sou uma pessoa complicada para se conviver, sim. Gosto das coisas limpas, arrumadas logo que possível, gosto de encontrar as coisas como as deixei, gosto de ter silêncio quando quero, gosto que respeitem as minhas coisas. Gosto que as pessoas sejam sinceras quando podem, auto-conscientes sempre. Viver com mais gente obriga-me a ser tolerante q.b., e gosto de pensar que sou, mas se calhar andei e ando bem enganada. Se não gostar que as pessoas venham sem aviso é ser intolerante, eu sou. Pior ainda, que vão ficando sem se saber bem até quando e ainda se sintam bem com isso. E o topo dos piores, que venham e vão ficando como se nada fosse, porque os outros são socialmente obrigados a aturarem a visita, porque lhes fica mal dizer que olha, não lhes apetece. E depois é isto, não estou bem onde me devia sentir bem, na minha própria casa; fico a sentir-me mal por estar a ser eu a querer dizer que se calhar a visita já desamparava a loja, por menos que ela incomode. Depois acontece isto, chateio quem me ouve com a mesma lenga-lenga, com queixas, com irritação por coisas insignificantes. Sou antipática quando aparentemente não tenho motivos para isso. Acho que descobri que afinal, não sou tão tolerante como pensava. Descobri também que não quero ser mais tolerante. Não vou alterar os meus limites da tolerância só porque os outros os esticam, e vou repetir esta frase até que a voz me doa para me lembrar sempre disto. Vivam as férias, quase a chegar. Pena que neste momento, o que mais anseio é estar só perto de quem quero e longe daquela que devia ser, ainda que parcialmente, a minha casa.

05/05/2009

De como a vida dá umas voltas

Começou por ser a namorada do amigo da namorada de um amigo meu. Agora, é uma amiga com A maior do que os grandes, daquelas sem quem não passamos, daquelas que por mais tempo que fiquemos sem ver, estão sempre, sempre connosco em todo o lado, por mais longe e por mais tempo afastado que se esteja. Daquelas a quem desejar tudo de bom, é tão, tão, mas tão pouco. Parabéns, fofinha :)

A melhor amiga da escolha cromática: a urgência

Antes do almoço: "Ah e tal, diz-me a cor depois de almoço porque assim já a peço e etc." Foi remédio santo: o meu quarto vai ter um tom de rosa velho cruzado com salmão claro. Depois mostro, que isto de explicar tons tem muito que se lhe diga quando se acabou de analisar um catálogo com mais de mil cores.

30/04/2009

Como, oh mas como...

...é que se escolhe UMA cor entre milhares?! Eu mudo de ideias de cada vez que olho para o catálogo, todos os dias. Até agora, já consegui excluir...tcharã...o cinzento! Ajuda, alguém? A cor é para um quarto de dormir com mobília preta. Há alguma predominância de vermelho nas capas de edredon e tapetes, sim, mas um quarto vermelho não me parece assim muito relaxante e é principalmente para isso que eu lá vou.

Quer-me parecer que isto é coisa para demorar meses.

16/04/2009

Das flores

Há pessoas da minha família que infelizmente não vejo muitas vezes nem tantas quanto desejaria. Caso do meu tio com nome de flor, que sempre fui vendo, mas com quem não partilhei tantos e tantos momentos que se calhar podia e devia ter partilhado. Mesmo assim, nunca perdemos o contacto; especialmente agora, quando ele teve de estar internado em Lisboa e grande parte da família estava bem mais a Norte. Durante meses, visitei-o quando podia e dei a força possível. Vi as forças dele a irem-se embora, a pouco e pouco, vi o cansaço que se acumulava, os químicos e máquinas a tentarem recuperar aquilo que não parecia recuperável, a esperança a ir-se embora, o olhar a ficar perdido. Vi e ouvi o que não queria ter visto nem ouvido. Mesmo assim, e apesar do sacrifício que é ver alguém de quem gostamos sofrer sem podermos fazer nada, fico contente por ter podido estar lá, por poder fazer alguma coisa, por pouco que isso fosse.

O meu tio com nome de flor era muito forte, mas não resistiu a tanto. Espero que agora possa finalmente descansar.

05/04/2009

Sem palavras

"O meu tempo acabou." Como se responde a uma frase destas? Como se dá a volta ao desânimo quando não há rigorosamente nada que possamos fazer por essa pessoa a não ser dar-lhe algum do nosso tempo?...

01/04/2009

Maravilha efeverscente

Não sei se já aqui comuniquei que para além de efeverscente ser uma das minhas palavras favoritas - sete consoantes diferentes, sete!, e cinco ocorrências da mesma vogal, ou seja, esta palavra tem tudo para ser fabulosa - tenho uma estranha panca por comprimidos efeverscentes. E era isto.

31/03/2009

Pára tudo: o Norte volta ao Sul

Vai fazer em breve um ano que mudei de casa, e ia também fazer um ano que tinha perdido - durante as mudanças - a minha pequena bússola-joaninha de estimação, tão vermelhinha e bonita. Ia. Porque ontem, ao mexer numa caixa insignificante, encontrei-a. E ela, como sempre, mostrou-me um Norte que já não via há quase um ano. Agora só me falta encontrar o meu mini-rádio, também perdido em combate (vulgo: durante as mudanças). Insisto em não comprar outro porque sei que mais cedo ou mais tarde, ele volta. O problema é que estou a ficar sem sítios onde não procurar para o encontrar por acaso. Técnicas brilhantes para encontrar coisas perdidas, precisam-se!

18/03/2009

Das ruas que não conheço

Quando vou sozinha na rua, observo tudo ao pormenor: fachadas, lojas, pessoas. Descubro o que nunca vejo se estiver distraída (algo que acontece bastantes vezes). Hoje, ao passar por ruas novas, constato que poucas coisas me agradam tanto como passar onde nunca passei, ver pela primeira vez. E era isto; gostava de conseguir ter mais vezes olhos de ver (apesar da pitosguice provavelmente ser cada vez maior).

16/03/2009

Caixa de óculos

Depois de muito espernear que os queria durante a infância, depois de muitas noites mal dormidas a pensar em como me ficariam tão bem e me dariam um ar tão sério e intelectual, depois de estudar cuidadosa (e algo invejosamente) os rituais das pessoas com quem convivo e que os usam - desde a periodicidade da limpeza até ao dedo que usam para os ajustar no sítio certo - posso, finalmente, rejubilar: vou poder usar óculos, com o aval do meu oftalmologista ligeiramente obeso que me disse que basicamente já não ia para nova. Para já, só de vez em quando, mas é uma genuína meta de infância concretizada, eu, eu!, de óculos. Falta só saber se agora vou achar tanta piada à ideia. Até lá, deixem-me ficar contentinha, sim? :)

05/03/2009

4 anos

A escrever aqui, com mais ou menos frequência, 4 anos, e nem uma palavra no próprio dia de aniversário. Se calhar porque este espaço já significou mais, se calhar porque estou sem paciência. O facto é que me canso com relativa facilidade. Preciso de palavras novas :)

24/02/2009

Está na hora

Quando é que sabemos isso quando ninguém marcou hora nenhuma?

16/02/2009

Com algum atraso, sim...

...mas todos os dias são bons para te dizer que gosto de estar contigo todos os dias.

09/02/2009

Depois de Paris de perto e com sol...

...voltar à chuva, a trabalhos chatos e tendo pouca paciência para o que quer que seja está a ser muito mais complicado do que o costume. Precisa-se: boa disposição. It's going to be a looong week.

30/01/2009

Compte à bours



Lá fora, chove a cântaros; cá dentro não chove e a vontade de trabalhar é inversamente proporcional à quantidade de chuva. Resultado: muitos intervalos de trabalho a ver Paris de longe.

21/01/2009

Dos fins

Eu odeio saber o fim. Odeio quando me contam pormenores essenciais de uma história que vão estragar as surpresas, odeio as pessoas que adoram contar os fins e parecem rejubilar em glória por o terem feito, odeio muitos dos fins que já vi(vi) e adoro tantos outros. Curioso como um fim pode ser triste, alegre, surpreendente, igual a muitos, diferente, singular, entre muitíssimas e variadas coisas. Há fins que nos definem, fins que deixam tudo por contar e fins que preferíamos nunca ter visto ou vir a ver. Mas o que mais odeio, acima de tudo, são os fins antecipados: os fins que vivemos antes do tempo, ou que queremos viver antes do tempo, e que não nos deixam ter o fim a sério. Nós precisamos de fins a sério; não de ficções antecipadas que optamos por fantasiar como se tudo fosse tão previsível. Não precisamos de esperar determinados fins, como se a nossa vida dependesse deles. Não precisamos de fins fictícios. O pior? Explicar isto a alguém que gosta de fins antecipados, correndo o risco de não fazer sentido.

09/01/2009

Olá 2009!

O ano começa com frio, frio, frio. O que quer dizer que a partir de agora, só pode aquecer? :)