21/12/2012

/ignore

Hoje em dia, é tão fácil chegar às pessoas. Nem vale a pena começar a listar formas. E no entanto, acho que nunca se esteve tão longe de estar verdadeiramente perto. Vivemos a achar que sabemos tudo uns sobre os outros no Facecenas, até vemos o que as pessoas comem em algumas redes sociais, aquilo de que gostam noutras redes sociais diferentes. É todo um mundo de sociabilidade pegada em que todos somos tão amiguinhos.

E mesmo assim, apesar de todas as facilidades, parece que é cada vez mais normal ignorar chamadas, é banalíssimo não as retribuir, é aceite que não se responda a uma mensagem ou a um e-mail porque bem, se essa pessoa quer mesmo falar connosco ela vai tentar por outra das milhentas formas que existem. Afinal, nós temos coisas tão mais importantes a fazer do que falar com ela.

Hoje aconteceu-me exactamente isso, fui ignorada apesar de ter usado três meios diferentes insistentemente, porque apesar de ser para algo meio insignificante, era relativamente urgente. Por isso, obrigada, pessoa que me ignorou; aprendi que mais vale estar quietinho a não gastar latim, mais vale não me incomodar. Não me chateia que me ignorem perguntas ou que recusem o que proponho; chateia-me sabê-las ali sem se darem ao trabalho sequer se escrever "não dá, adeus!". Pelo menos seriam 10 caracteres e não indiferença total. Se calhar era este, o fim do mundo que anunciavam: há sempre alguém para quem já quase morremos ou que morreu para nós.

1 comentário:

Anónimo disse...

um beijinho minha linda Izzolda