30/04/2007

Cura de sono - ou de como tirei a barriga de misérias

Quando tenho sono (sim, algumas vezes acontece eu ter sono), tenho sono mesmo a sério; daquele sono impossível de contornar, que faz fechar os olhos quando não se quer que eles fechem. Foi esse sono que não contornei este FDS. Adormeci nas várias viagens, adormeci no sofá, dormi até não conseguir dormir mais. E ainda posso dormir muito amanhã. (E mesmo assim fiz tanta coisa para além de dormir.) A semana promete :) Bom feriado e boa semana!

Perto, longe

Ou de como algumas distâncias impostas nos mostram a distância real a que estamos das pessoas. Aquela que não se traduz em quilómetros; porque essa...essa nunca é uma boa tradução da distância de que estou a falar: aquela que custa muito a percorrer.

29/04/2007

Oui, c'est moi*

Porque há coisas que soam muito melhor numas línguas do que noutras? Se calhar é por isso que não consigo dizer certas coisas e que outras me soam mal; ainda não as aprendi a dizer na língua certa ou não mas disseram na tradução com melhor sonoridade.

*Escolha aleatória.

Do ser irresistível

A minha casa nova tem alguns defeitos, que vou constatando agora que lá estou. Por exemplo, o fogão está parcial e irremediavelmente avariado. As persianas/estores não funcionam (mas isso irá ser remediado em breve). O sofá-cama tem mazelas antigas. Há pouco espaço para a minha tralha toda (mas ela há-de lá caber custe o que custar) e as coisas não parecem nunca estar arrumadas (por mais horas que eu passe a tentar que pareçam). A vizinha de baixo parece ser muito chata e tem um ar ligeiramente psicótico. O supermercado mais próximo não é assim tão próximo quanto isso. E o senhor do pomar duma rua lá perto é daqueles velhinhos demasiado simpáticos.

E no entanto, é a primeira casa que não é minha, mas que parece sê-lo. Estranho, como as coisas irresistíveis podem ter inúmeros defeitos e como mesmo assim conseguimos gostar bastante delas. É que eu faço sentido naquela casa, assim cheia de defeitos; parece quase humana.

28/04/2007

14 dias depois

Tive de andar longe. Aprendi como é difícil fazer mudanças praticamente sozinha (sim, praticamente, devido a algumas excepções de pessoas a quem vou estar eternamente agradecida por me tirarem algum peso das costas, literalmente!) e sem carro. Subi e desci mais lanços de escadas no mesmo dia do que alguma vez já tinha subido e descido. Continuo a não consiguir gerir bem o tempo com tanto que fazer numa cidade [relativamente] grande. Mas devagar, a coisa vai. Voltei, acho eu :)

14/04/2007

Ando longe

Daqui e de muitos outros locais. Donde provavelmente devia estar mais perto; mas neste momento, preciso de estar assim, longe. Daí as ausências e o silêncio. Isto passa! Boa semana :)

10/04/2007

Porquê, oh porquê...


...que há sempre um vizinho que não quer silêncio quando nós o queremos muito? Pior, quando precisamos mesmo muito dele? Não há direito! E eu, que nem tenho grandes queixas da (actual, quase ex-) vizinhança, hoje estava capaz de ir bater às portas todas a explicar que precisava de não ouvir rigorosamente nada. Muito menos precisava de ouvir música (má) aos berros e gente aos berros também. Haja paciência.

Mudanças

É oficial: vou andar em mudanças (e tudo o que elas envolvem) durante os próximos tempos. Salve-se quem puder. Porque quem não puder, não tem escapatória possível: é que vou andar em mudanças e muito mais insuportável do que nunca (sim, é possível).

A nova casa foi um amor à primeira vista. Não é uma casa perfeita; mas gosto dela na mesma, com todos os defeitos que tem, com todos os ruídos irritantes, com tudo o que não é assim tão bom e tudo o que podia ser tão melhor. Mesmo como nos grandes amores à primeira vista.

03/04/2007

Volta, bólide branco, estás perdoado!

Algum dia havia de acontecer; mas esperamos sempre secretamente que algumas primeiras vezes sejam adiadas o máximo de tempo possível. E foi assim que no dia das mentiras - e infelizmente não, não é mentira - o meu bólide branco, agora habituadíssimo a voar (cuidadosamente, entenda-se!) imparável pelas ruas da capital, sofreu um embatezinho assim a modos que antipático, que o deixou imobilizado e triste numa oficina sem a sua mais-que-tudo izzoldinha. A culpa não foi minha, nem dele, e felizmente toda a gente envolvida saiu ilesa. Mas o medo do que vemos que vai ser inevitável, o susto do que acontece e todos os sentimentos que surgem pós-acidente são do pior. As fracções de segundo antes do choque parecem uma câmara lenta que não acaba; depois finalmente paramos e...constatamos que estamos bem. Estamos bem. E de repente, só isso parece importante.