15/11/2006

Uma questão de território

Da última vez que tive de partilhar território com quase-desconhecidos, a coisa não correu propriamente mal; mas nunca se está tão à vontade como numa casa só nossa ou partilhada com pessoas que conhecemos bem (e mesmo com pessoas que conhecemos bem, os problemas surgem, é inevitável!).

Agora, que tenho de procurar poiso mais a sul, surgiu a possibilidade de partilhar casa com alguém que me é totalmente desconhecido. Não hesitei na resposta: não, obrigada. Vou aproveitar a mudança - por enquanto, apenas temporária - para ter o meu espaço, as minhas coisas, os hábitos que bem entender. Para receber quem me apetecer. Sem ter alguém à perna, sem ter de fazer pouco barulho só porque já está alguém a dormir, sem ter de esperar para ir à casa de banho ou para usar o fogão, sem ter de justificar que me apetece fazer isto ou aquilo ou nada.

Assim sem pensar muito nos pormenores, já imagino a coisa a correr bastante mal com a companhia de um desconhecido; acho que afinal sou muito mais territorial do que pensava :)

7 comentários:

Mónica Lice disse...

Acho que fazes bem! A partir de certa altura da nossa vida, nada como termos o nosso cantinho que, a ser partilhado, terá que ser com alguém escolhido por nós!

**

ups disse...

o problema é o preço...

Ana disse...

Ah..mas, não penses que te escapas a partilhar o poiso em alguns fds :p

fernando lucas disse...

já dividi apartamento com um colega/amigo meu exactamente por razões monetárias e nunca houve problemas, mas raios, também eramos gajos, e gajos nunca descutem pela casa.

Sooty And Aive disse...

Eu dividi casa com uma trintona e, depois, com três rapazes e mais quatro penduras!!

Por incrível que pareça, foi muito mais fácil partilhar casa com os homens do que com uma mulher. Foi preciso entrar um pouco no espírito. Não precisei de mudar nada dos meus hábitos, nem lhes pedi para mudar os deles. Conseguimos conciliar as coisas relativamente bem, tendo em conta de que éramos muitos e muito diferentes. Foi muito enriquecedor, mas há idades para tudo (ohmygawd, did I just say that?!?!)...

Quando comecei a ter mais trabalho, optei por um cantinho só para mim. Para poder trabalhar mais descansada, e para poder ter um pirata a desarrumar a casa toda ;)

racker disse...

A única altura em que divido a casa com alguém que não seja da minha família é nas férias, mas continua a ser com alguém conhecido! Não sei se seria capaz de me instalar numa casa ao lado de um desconhecido ou desconhecida, até porque tenho alguns hábitos que podiam irritar essa pessoa e sou um bocadinho "comichoso" em relação à minha privacidade e aos estranhos hábitos de outras pessoas!
Fizeste bem em declinar a proposta!

Miguel disse...

Boa decisão. E tu nunca estás realmente sozinha, pois não?

Que tudo te corra bem.