26/12/2007

O declínio das meias

Nem um par de meias recebi este Natal. Nem um, unzinho!

Nem me parece Natal a sério, assim. Que se segue, hã? A extinção dos pijamas?!

Aqui o estaminé espera que o vosso Natal tenha sido bom :)

A revolta dos narizes?

A alguns dias do ano novo, altura em que entra em vigor a nova lei que proíbe fumar em praticamente todo o lado, leio um artigo desta revista (e que boa é!) que fala do cheiro que agora se faz sentir nas discotecas e bares lá da ilha, onde a mesma proibição vigora há já alguns meses. Como o cheiro do tabaco deixou de mascarar todos os outros cheiros que por lá andam, parece que a coisa se pode tornar bastante insuportável para os narizinhos sensíveis. Por isso, toca a tomar banho e a lembrar as vantagens de um desodorizantezinho, meus caros! Os narizes dos restantes agradecem :)

A vista da minha janela


Ou de como a minha túlipa é liiinda!

Tudo uma questão de perspectiva*

Perguntam-me muitas, tantas, inúmeras vezes se estou a gostar de estar em Lisboa. Sim, é sempre a minha resposta, sem quaisquer dúvidas; a minha capacidade para suportar uma mudança para uma cidade que não é a minha surpreendeu-me e surpreende-me, mas a cada dia que passa, sei que posso e acho que consigo estar bem em qualquer lugar, desde que esteja predisposta a isso. E isso mesmo dá-me uma serenidade imensa. Coisas de que gosto e coisas de que não gosto, há-as em todas as (poucas) cidades onde vivi; apego-me às coisas de que gosto e convivo com as outras o melhor possível. E na realidade, não conseguiria estar muito tempo num sítio de que não gostasse minimamente. Não conseguiria não ir embora se achasse que era isso que devia fazer.

Isto a propósito de pessoas que vivem numa cidade, mas que juram a pés juntos, todos os santos dias, que a detestam, abominam, que odeiam as pessoas que a habitam; quando elas próprias fazem parte dessa cidade, para o bem e para o mal. E não são as cidades feitas de pessoas?

A conclusão a tirar não é nenhuma em especial. Eu, quando estiver mal, mudo-me. Ou tento ficar bem de alguma forma. E este é provavelmente um dispositivo de segurança que mais gente se devia habituar a usar.

*A poucos dias de se completar um ano após a minha mudança para território mais a Sul.

01/12/2007

Eu estive lá*!




E não podia recomendar mais vivamente :)

*Cirque du Soleil

20/11/2007

Do que é necessário

Sempre que vou ao supermercado - algo que acontece muitas vezes devido à minha manifesta e assumida incapacidade (falta de vontade, também) de planear refeições com muita antecedência - tenho de me dedicar a pensar no que me falta em casa, porque se há coisa que odeio é precisar de alguma coisa e não a ter (sim, isto pode ser um grande defeito, a arte também está em contornar as faltas, bla bla blá, mas o que eu queria mesmo era ter aqui o que queria e ponto final, sou assim de quereres, embora depois de muito praguejar lá me dedique a ultrapassar a coisa o melhor possível).

Posto isto, há sempre qualquer coisa de que me estou constantemente a esquecer. E isto poderia fazer com que eu anotasse, sim, eu anotasse - que simples e prático! - o que me faz falta e isso seria remédio santo. Mas não. Eu insisto em ignorar as vantagens das listas.

Começo a pensar que as muitas palavras inúteis que escrevo me tornaram alérgica às palavras realmente úteis.

19/11/2007

Lições de Lisboa I - pé ante pé

Não tenho dados estatísticos que o comprovem nem grandes certezas científicas, mas Lisboa será seguramente uma das cidades portuguesas com mais calçada...portuguesa, claro está. E sim, é bonita, típica, dá um ar arrumadinho e tudo e tudo. Eu gosto muito de calçada portuguesa. Mas com chuva, senhores, com chuva, a calçada portuguesa nestas colinas à beira-rio plantadas é uma armadilha que espera cada passo, uma arma letal com silenciador que só espera um andar mais apressado, uma distracção, um sapatinho com a sola mais polida para nos fazer despenhar de queixo e só parar lá em baixo no sopé. Por isso hoje fui, com a calma possível debaixo de uma chuva bastante persistente, até lá abaixo. Isoldinha 1, calçada 0. Mas não estou certa de que vai ser sempre assim; ela lá continuará, desafiadora, a atrair a si os mais incautos. Aconselha-se prudência :) Boa semana!

12/11/2007

Não produtiva, eu?

Estou a tomar um medicamento para tosse de origem irritativa, não produtiva. Ora se o medicamento também curar a irritabilidade e a não produtividade para além da tosse, conheço algumas pessoas a quem o vou recomendar vivamente.

A solução para alguns dos males deste mundo afinal existe e está dentro de um frasco.

11/11/2007

Dilema horário

- A rádio acabou de dizer que eram 23 horas.
- O meu PC diz que são 23h04.
- O relógio aqui ao lado diz que são 23h02.
- Outro relógio aqui ao lado diz que são 23h03.

Todas estas discrepâncias levaram-me a ir procurar o relógio mais exacto do mundo. Encontrei esta interessante notícia, que fala do relógio mais preciso de todos os tempos. Depois de tantos dados, cheguei à conclusão de que não o quero. O tempo já é suficientemente - e maravilhosamente - assustador sem tanta precisão.

Boa semana! :)

21/10/2007

Algures entre o norte e o sul...

...num comboio que para variar, está atrasado. As viagens que me alternam entre as minhas duas cidades também já fazem parte dos hábitos. Tanto tempo perdido (ou ganho, conforme como ocupo o tempo) entre locais, tanto que ganho e perco ao fazer cada viagem.

Boa semana :)

30/09/2007

Dizer adeus

Gosto de ver as despedidas dos outros. Odeio as minhas. Porque se já me parece sofrer com as dos outros, mais ainda me custam as minhas. Acabo de ver uma senhora lavada em lágrimas e foi como se me despedisse com ela dos quatro velhinhos que iam partir comigo neste comboio. Por isso, prefiro sempre não dizer adeus.

28/09/2007

A pé



Andar a pé tem destas coisas. Aprendemos a olhar mais para o chão.

22/09/2007

Dos desejos

Inessential, but desirable.

Nada como comprar mais uma pequena bolsa que se atreve a resumir num dos lados, sem medos, o motivo por que a comprámos: porque sim.

2 sem 3

Se eu instituísse um dia mundial hoje, era o da lamechice pegada. Ainda bem que está aí o fim-de-semana para desanuviar. Tenham um bonzinho, sim? :)

Dia cinzento mais a sul

Mensagem solarenga directamente do Norte. A isto, eu chamo telepatia mais-que-perfeita.

Porque é tão bom...

...que a felicidade dos outros seja um bocadinho minha também. Mesmo quando estou mais longe e nem sempre é fácil estar lá, fazem com que seja e me sinta sempre parte dela.

À A. e ao M., amigos do peito, e do braço, e da perna e do corpo todo. Não tenho palavras para vos desejar nada. E para além disso, vocês sabem que vos desejo nem mais, nem menos do que tudo. E mais alguma coisa :)

Lá no Norte

Sim, no Norte. Tudo o que fica a Norte de Lisboa é...o Norte. É a conclusão a que chego todos os santos dias quando ouço esta expressão (algo que acontece em média aí uma três vezes por dia, sem exagero).

E sim, sou orgulhosamente do Norte, na pronúncia, no carácter e em inúmeras outras coisas. É de lá que sou e é lá que tanto gosto de voltar. Mesmo mais a Sul e por mais tempo que cá passe, vou ser sempre a pessoa lá do Norte.

15/09/2007

E com o item abaixo

Veio o dilema da organização das pastas. Acho que alguns músicos poderão ficar aborrecidos com a companhia. Prevejo violentos motins.

É meu


E tão fôfinho que ele é :)

Não vi o soco...

...mas vi um estádio bastante a puxar pro feio (e que me desculpem os fãs do clube em questão, não é nada de pessoal), onde parecia que nunca se tinham organizado jogos de futebol daqueles a sério. É que foi das entradas mais mal organizadas que já vi. Quanto ao resto, já se sabe.

27/08/2007

Quase melhor que ir de férias...

...é descobrir que aqueles sapatos que queríamos mesmo comprar estavam à nossa espera precisamente no país para o qual decidimos ir passar férias. Conclusão lógica? Tenho de viajar mais para encontrar várias outras coisas de que preciso. Tão simples, afinal.

Chegadas


Férias curtas que pareceram longas. E que foram muito bem aproveitadas :)

18/08/2007

Partidas



Linha de ida, às vezes de volta também. Hoje, foi a ela que voltei para não voltar a ir durante uns tempos. É que estou de férias! Até breve :)

12/08/2007

Trabalho II



Quem disse que era difícil arranjar uma ilha* só para nós?

[* A coisa amarela é uma mesa de esplanada.]

Trabalho?



Ou das tentativas de o trabalho parecer o menos trabalho possível :)

09/07/2007

3. Bóia de salvação

Sou viciada em newsletters. É um vício, pronto, confesso-o desavergonhadamente pela primeira vez neste blog. É que eu não posso ver um linkzinho a dizer newsletter, inscreva-se já ou afins, porque sei que clico nele imediatamente e que isso é total e absolutamente inevitável. Recebo newsletters de tudo e mais alguma coisa: da minha área profissional, de jornais, revistas, tiras de BD, museus, bares, agendas culturais, agências de viagens, novidades de marcas e empresas em geral, de lojas, enfim. Se me interessa minimamente, eu inscrevo-me.

Depois só tenho o grave problema de não conseguir ler tudo com a devida atenção (salvo raras excepções; é que há newsletters mesmo boas que leio religiosamente do princípio ao fim); mas deixar de me inscrever só por causa disso?! Nunca! E então era isto que vos queria dizer hoje.

2. Imergir

É o que quero fazer durante estas férias. Tenho tempo para não pensar em grande coisa e para pensar em tudo ao mesmo tempo. Por isso se me dão licença, vou ali dar uns mergulhos e já volto :)

1. Emergir

Finalmente, algum tempo que decido dedicar às escritas não profissionais. Já desisti de tentar encontrar desculpas para não escrever aqui; já confessei que simplesmente não me tem apetecido e que não tenho feito esforço nenhum para que me apeteça. Agora, que estou de férias e tenho tempo para parar, tento voltar; devagar e ainda sem grande vontade. Vamos ver no que dá.

17/06/2007

Argh.

Não me vou queixar que não tenho tempo, porque vou tendo algum. Não vou mentir e dizer que tenho vontade de cá escrever, porque se a tivesse realmente, escrevia. Acho que cheguei à fase em que simplesmente estou cansada de me ler. É um facto e pronto. Agora tenho de pensar aonde é que esse facto me leva; é que ando de poucas palavras.

26/05/2007

Modo de pausa, outra vez

Sim, eu sei, este blog tem andado assim a modos que...OK, não tem andado de todo. A culpa é minha e da relativa dificuldade que tenho em encaixar os velhos e novos hábitos nas novas rotinas. Ainda pior têm andado as visitas a outros blogs, aliás, os comentários, porque visitas eu vou fazendo regularmente! Penso algumas vezes se será uma fase passageira, pergunto-me quanto irá durar. No fim das contas, decido não me preocupar e ir escrevendo, ver no que dá. Quem sabe um dia volte às escritas mais regulares, quem sabe não chegue a voltar. Ando voluntariamente preguiçosa para blogues e isso não me preocupa assim tanto. Agradece-se a paciência de quem vai voltando :)

18/05/2007

Calor a quanto obrigas

É só fazer as contas: calor e feriado [para mim], igual a...praia! Aproveitem o bom tempo e bom fds :)

13/05/2007

Meias cinzentas

Isso mesmo, meias cinzentas. Nada têm de especial, a não ser o facto de que ainda ontem eram...cor-de-pele. Entre esta mudança cromática esteve a minha estreia com a máquina de lavar roupa da casa onde vivo agora. Foi uma questão de temperatura, de acordo com a minha análise de diagnóstico feita sem conhecimento rigorosamente nenhum da causa - foi, portanto, a causa que eu própria imaginei para este ligeiro contratempo (em comparação com outros que já tive). O saldo foi positivo: a máquina e eu não nos demos mal da primeira vez, vamos ver como evolui a relação :)

12/05/2007

Finalmentes

Eu levanto-me muito cedo, mas mesmo muito cedo, para ir trabalhar. Há dois dias da semana em que posso (finalmente!) dormir até horas decentes: o sábado e o domingo, pois claro. Ora e se por motivos que não interessam aqui, nem agora e que nunca hão-de interessar a ninguém que não a mim, eu volto a acordar cedo num desses dois magníficos dias em que posso (finalmente!) dormir até horas decentes? Recusei-me a ceder à má-disposição; levantei-me cedo. Como consequência disso, parece-me que este dia de hoje dura há pelo menos três dias. E isto não é necessariamente mau, entenda-se; a julgar pela quantidade enorme de coisas que consegui (finalmente!) fazer. Quero mais dias destes, mas com mais horas de sono antes que é para não estar a cair à hora dos patinhos, pode ser?

07/05/2007

Mil e uma noites...

...para arrumar tudo nos devidos locais. O que é pior? É que os devidos locais, vou-os alterando à medida que conheço os cantos à casa. Tenho a estranha impressão de que estas arrumações não vão ter fim tão cedo. Boa semana :)

30/04/2007

Cura de sono - ou de como tirei a barriga de misérias

Quando tenho sono (sim, algumas vezes acontece eu ter sono), tenho sono mesmo a sério; daquele sono impossível de contornar, que faz fechar os olhos quando não se quer que eles fechem. Foi esse sono que não contornei este FDS. Adormeci nas várias viagens, adormeci no sofá, dormi até não conseguir dormir mais. E ainda posso dormir muito amanhã. (E mesmo assim fiz tanta coisa para além de dormir.) A semana promete :) Bom feriado e boa semana!

Perto, longe

Ou de como algumas distâncias impostas nos mostram a distância real a que estamos das pessoas. Aquela que não se traduz em quilómetros; porque essa...essa nunca é uma boa tradução da distância de que estou a falar: aquela que custa muito a percorrer.

29/04/2007

Oui, c'est moi*

Porque há coisas que soam muito melhor numas línguas do que noutras? Se calhar é por isso que não consigo dizer certas coisas e que outras me soam mal; ainda não as aprendi a dizer na língua certa ou não mas disseram na tradução com melhor sonoridade.

*Escolha aleatória.

Do ser irresistível

A minha casa nova tem alguns defeitos, que vou constatando agora que lá estou. Por exemplo, o fogão está parcial e irremediavelmente avariado. As persianas/estores não funcionam (mas isso irá ser remediado em breve). O sofá-cama tem mazelas antigas. Há pouco espaço para a minha tralha toda (mas ela há-de lá caber custe o que custar) e as coisas não parecem nunca estar arrumadas (por mais horas que eu passe a tentar que pareçam). A vizinha de baixo parece ser muito chata e tem um ar ligeiramente psicótico. O supermercado mais próximo não é assim tão próximo quanto isso. E o senhor do pomar duma rua lá perto é daqueles velhinhos demasiado simpáticos.

E no entanto, é a primeira casa que não é minha, mas que parece sê-lo. Estranho, como as coisas irresistíveis podem ter inúmeros defeitos e como mesmo assim conseguimos gostar bastante delas. É que eu faço sentido naquela casa, assim cheia de defeitos; parece quase humana.

28/04/2007

14 dias depois

Tive de andar longe. Aprendi como é difícil fazer mudanças praticamente sozinha (sim, praticamente, devido a algumas excepções de pessoas a quem vou estar eternamente agradecida por me tirarem algum peso das costas, literalmente!) e sem carro. Subi e desci mais lanços de escadas no mesmo dia do que alguma vez já tinha subido e descido. Continuo a não consiguir gerir bem o tempo com tanto que fazer numa cidade [relativamente] grande. Mas devagar, a coisa vai. Voltei, acho eu :)

14/04/2007

Ando longe

Daqui e de muitos outros locais. Donde provavelmente devia estar mais perto; mas neste momento, preciso de estar assim, longe. Daí as ausências e o silêncio. Isto passa! Boa semana :)

10/04/2007

Porquê, oh porquê...


...que há sempre um vizinho que não quer silêncio quando nós o queremos muito? Pior, quando precisamos mesmo muito dele? Não há direito! E eu, que nem tenho grandes queixas da (actual, quase ex-) vizinhança, hoje estava capaz de ir bater às portas todas a explicar que precisava de não ouvir rigorosamente nada. Muito menos precisava de ouvir música (má) aos berros e gente aos berros também. Haja paciência.

Mudanças

É oficial: vou andar em mudanças (e tudo o que elas envolvem) durante os próximos tempos. Salve-se quem puder. Porque quem não puder, não tem escapatória possível: é que vou andar em mudanças e muito mais insuportável do que nunca (sim, é possível).

A nova casa foi um amor à primeira vista. Não é uma casa perfeita; mas gosto dela na mesma, com todos os defeitos que tem, com todos os ruídos irritantes, com tudo o que não é assim tão bom e tudo o que podia ser tão melhor. Mesmo como nos grandes amores à primeira vista.

03/04/2007

Volta, bólide branco, estás perdoado!

Algum dia havia de acontecer; mas esperamos sempre secretamente que algumas primeiras vezes sejam adiadas o máximo de tempo possível. E foi assim que no dia das mentiras - e infelizmente não, não é mentira - o meu bólide branco, agora habituadíssimo a voar (cuidadosamente, entenda-se!) imparável pelas ruas da capital, sofreu um embatezinho assim a modos que antipático, que o deixou imobilizado e triste numa oficina sem a sua mais-que-tudo izzoldinha. A culpa não foi minha, nem dele, e felizmente toda a gente envolvida saiu ilesa. Mas o medo do que vemos que vai ser inevitável, o susto do que acontece e todos os sentimentos que surgem pós-acidente são do pior. As fracções de segundo antes do choque parecem uma câmara lenta que não acaba; depois finalmente paramos e...constatamos que estamos bem. Estamos bem. E de repente, só isso parece importante.

30/03/2007

Do passado

Lido bem com o passado, com o que me trouxe, ensinou, mostrou, com o que vivenciei dele. Somos feitos do que já vivemos, sim, mas não podemos deixar que as coisas passadas nos esmaguem e nos prendam. Que não nos deixem viver o presente e pensar no futuro sem o peso do que já nos aconteceu um dia. Não podemos avaliar tudo pelo peso e medida do que já foi num passado mais ou menos distante. E agora, como se explica isto a alguém que se recusa a sair do que já viveu um dia?

28/03/2007

Contra-relógio

Só tenho tempo de notar que o tempo passa demasiado depressa com tanto que volto a ter para fazer esta semana; felizmente, não é só trabalho a mais - é tudo o resto que se resolveu acumular também.

Começo a semana com uma certa sensação de que as mudanças na minha vida se começam a fazer sentir mais a sério. Queria que acontecessem um bocadinho mais devagar para ter tempo de as (tentar) assimilar; pena que a vontade por si só não mude a velocidade real das coisas.

Boa semana :)

23/03/2007

Sai um fim-de-semana para a mesa 12

Foi semana de ter trabalho extra; algo que é bom para a conta bancária, mas mau para quase tudo o resto. Posto isto, sai um fim-de-semana para estes lados, sim? Pode ser já? Agradecida. (Ainda por cima, tantas palavras extra esgotam-me as palavras menos técnicas. Grunf.)

19/03/2007

Bad whatever day

Não está a ser propriamente um bad *hair* day. O cabelo em si até está bastante decente; tudo o resto é que foi totalmente irritante. A pior parte? É que o dia ainda vai longe do fim; e eu com tanto por fazer ainda...

Apesar de tudo, boa semana :)

18/03/2007

Post em movimento

Quando funciona, a tecnologia faz maravilhas. Por isso é que eu estou num comboio a caminho da casa mais a sul a escrever estas linhas. E de repente, até o facto de ter um jovem rapaz ao lado cujas preferências musicais roçam o abjecto, de ele cheirar mal e ter uma respiração pesada nem me parece tão importante. Cof.

17/03/2007

Norte e sul

Devia ser possível deixar mais a sul o que é do sul; mas não. Trouxe as preocupações do sul mais para norte. A ver se os ares cá de cima lhes fazem bem?

Bom fim-de-semana :)

13/03/2007

Dos passos

Quando vou sozinha na rua, não consigo andar devagar. Mesmo que não tenha horas, dou por mim a acelerar o passo, a dar corridas para apanhar o metro ou o autocarro ou o comboio seguintes. Algo escusadamente, eu sei; mas não consigo evitá-lo.

Já quando sou mesmo obrigada a correr, aquelas corridas que tenho de dar porque não tenho de facto outra hipótese, é ver o meu ar irritadíssimo por ter de o fazer, quando muitas vezes a culpa do atraso é quase única e exclusivamente minha. Alguma coisa não bate certo na minha programação de velocidade pessoal.

11/03/2007

Calor em Lisboa, ou o belo tema do tempo que faz

Fim-de-semana mais a sul na melhor das companhias. O calor foi só a cereja em cima do bolo. É notório que está toda a gente ansiosa por encurtar as mangas, usar sapatos menos invernosos, estar ao sol sem fazer nada, passear à procura de sombras. Tão bom, o calor; espera-se que tenha vindo para ficar. Boa semana a todos :)

06/03/2007

Até um rato está menos calado

Que dizer de pessoas que escolhem não participar nas conversas, mesmo quando se tenta a todo o custo que digam qualquer coisa? Pessoas que parece que não ouvem nada do que se lhes diz ou tenta dizer? Que não respondem a bocas, a provocações, a convites, a perguntas, por mais que se tente arrancar uma palavrinha, umazinha que seja? É uma escolha, sim, ficar à parte e manter as distâncias; uma escolha que pode sair relativamente cara quando as pessoas que ignoramos passam grande parte do dia connosco - porque as pessoas são assim: aprendem a ignorar quem as ignora.

Tanto azul


Quanto é que tiveste?!*

Sim, vivemos numa aldeia global e as empresas têm de se adaptar às novas realidades do mundo empresarial, à concorrência, blá blá blá. Até aí, tudo bem. Mas daí a ser preciso ter classificações por notas, como na escola primária...vai uma grande distância. Ou nem tanta quanto isso.

Cresce uma pessoa a pensar que se vai livrar dessas coisas para afinal ter de voltar ao stress dos números e das classificações. Umpf.

*Ai, as vezes que esta frase se dizia...

Historinhas para gente graúda: a ver


O Labirinto do Fauno

05/03/2007

2 anos e 2 dias depois

O Errortográfico continua no mesmo sítio :)

Obrigada a quem por aqui passa!

28/02/2007

De Lisboa e de cortar a respiração

Eu já gostava de Lisboa antes de vir viver mais para sul. Da luz e das cores, do ritmo frenético e do imenso caos de cidade relativamente grande, das ruas que nunca mais acabam, de haver muitas vezes tanta coisa para fazer. Há coisas de que não gosto tanto, claro; todas as cidades têm os seus pontos fracos e desvantagens. Mas é bom poder começar a associar coordenadas geográficas (mesmo quando me perco), saber onde está o que vale a pena [vi]ver, saber onde podemos ir para encontrar aquela vista que nos corta a respiração, saber onde estamos sem precisar de mapa, saber onde há aquele bolo, aquele gelado que nos apetece. Aos poucos, aos poucos, para saborear as surpresas e arrumar o que não gostamos na caixa do "a evitar".

Contam-se pelos dedos de uma mão as cidades de que realmente gosto; com tudo o que tem de bom e de mau, Lisboa já era e é cada vez mais - de direito - uma delas.

27/02/2007

Das caixas

Gosto de organizar as coisas em caixas. Escondem a desorganização que me apetece que esteja escondida. Vamos encontrar formas mais estranhas de ordenar as coisas, principalmente aquelas quase impossíveis de ordenar.

22/02/2007

Perfeições?

When you aim for perfection, you discover it's a moving target.

George Fisher

Dos espaços em branco

Entre as palavras, há espaços, ou entre espaços há palavras. E esta diferença faz toda a diferença, mesmo quando se fala; há pessoas que podemos ler/ouvir durante horas, devorar tudo o que dizem, esperar pelo próximo espaço em branco para repetir mentalmente as palavras ditas ou escritas, filtrá-las para chegar à conclusão de que podemos e queremos absorver quase tudo.

Depois há as pessoas que nunca dizem nada de nada; mesmo com boa articulação entre sons e silêncios. Nada; é que há coisas que estamos pré-programados para não querer ouvir. (Ou pessoas que não têm nada para nos dizer.)

A propósito destas leituras, pus-me a pensar se há palavras que com toda a certeza nunca vamos dizer ou escrever, palavras que nunca vão fazer parte de nós. O curioso é que nunca vamos saber se nos fizeram falta (ainda bem?).

Preciso

De mais tempo para ler (de tudo). Está-me a fazer tanta falta, e está-me a custar tanto arranjar espaço entre tudo o resto. Tenho saudades, preciso.

20/02/2007

Das máscaras

Mascarada de mim própria, fui assistir ao concerto de um cantor português cujo último nome tem três letras, sendo essas , i e d. O senhor acha-se decididamente o máximo; pergunto-me se será só uma máscara ou se se pode ser assim mesmo decadente. Mas que o concerto foi divertido, lá isso foi; há máscaras que vêm por bem?

18/02/2007

Revelação extraordinária n.º 1

Uma das indiscutíveis vantagens de estar mais a sul é poder ir ainda mais a sul em muito menos tempo. Foi o que fiz indo até uma das mais bonitas regiões de Portugal: o Alentejo, pois claro. E não é que já me tinha esquecido que estava aqui tão perto? Agora vou só ali descansar de ter descansado tanto. Com licença.

15/02/2007

3. Noves fora

Ando com níveis de tolerância e paciência baixíssimos para comigo própria. Hoje, dei por mim a dizer que não me tentava deitar abaixo; depois, fiquei a pensar no porquê de ter dito isso, se seria porque conseguiria facilmente ou porque era infrutífero (!!). Cheguei à conclusão de que se calhar conseguia, ou melhor, muito provavelmente conseguia; o que me faz não tentar é a vontade grande de me levantar mesmo antes de cair - é que eu odeio quedas, desde sempre. Caio de vez em quando, claro; e depois? Fico furiosa por ter perdido esse tempo e furiosa por me ter deixado cair. Que lógica estranha fui desencantar.

2. Respostas

Quando andamos à procura de respostas, nem vê-las. Esperneamos, queremos a todo o custo que uma solução milagrosa apareça aos nossos olhos, ficamos furiosos ao constatar que somos fracos e cedemos rapidamente ao desânimo que é não encontrar, aliás, não sermos capazes de encontrar. E quando finalmente deixamos de procurar, as respostas aparecem; alguém, alguma coisa, nada de nada. E era disso que precisávamos: mesmo quando nos parece que fizemos tudo de errado para chegar a uma conclusão que afinal nunca deixou de ser simples.

1. Perguntas

Perguntam-me se não me faz impressão ter um blog pessoal deste género. Se não me incomoda dar-me a conhecer, que as pessoas ficam a saber muita coisa sobre mim, que isto e que aquilo. Não, não me faz impressão. Escrevo porque quero e o que quero; e se isso me dá a conhecer, vai sempre ser um conhecimento tão parcial, tão redutor, tão condicionado pelo que eu própria decido dar a conhecer. Depois de todos estes tãos, ainda há as interpretações; e essas, essas fazem toda a diferença.

13/02/2007

Das coisas que não dizemos

Será que às vezes não dizer qualquer coisa é uma boa opção? Nem que seja a nós próprios? Há coisas que não precisamos de dizer a toda a gente; e quando achamos que nós próprios não precisamos de saber qualquer coisa - isso é mentirmo-nos ou evitar admitir que no fundo já o sabemos?

A semana não começou pelo melhor, não, começou assim, com o cinzento do Porto na claridade de Lisboa. O que significa que só pode melhorar (espero).

11/02/2007

Fui lá acima...

...e já voltei. A pior parte das idas a (uma das) casa(s) aos fins-de-semana é ter de fazer tanta coisa em tão pouco tempo; a melhor parte, são decididamente as boas-vindas :)

Boa semana!

09/02/2007

Quem nos tira os salgadinhos...

Uma inauguração com pompa e circunstância tem de ter parte de comidinha, certo? Pelo menos era o que eu achava, até hoje, dia em que fui a uma inauguraçãozinha e salgadinho, docinho, cálicezinho de porto, nem vê-lo; nem umas águas para matar a sede das pessoas. Não há direito. Não que eu fosse lá por causa disso, evidentemente; mas lá que é um complemento agradável, lá isso é. Cof.

07/02/2007

Gigante?

Já vi corações bem maiores que aquele (também pô-lo numa das maiores praças da capital não ajuda muito à perspectiva, não); mas quando digo que já vi maiores, é só porque ainda há muitos grandes corações neste mundo. Cliché, mas não menos verdade :)

05/02/2007

Da audição

Considero-me boa ouvinte; mas gostava de encontrar mais vezes as palavras certas para responder ao que ouço, para comentar e para tentar ajudar, de certa forma, quem confia palavras aos meus ouvidos. Eu sei que às vezes é suficiente ouvir; mas fico com a sensação de que podia ter dito tanta coisa. Encontrar as palavras certas é algo que tento (e tenho de) fazer todos os dias; nas escritas, vou-as encontrando. As ditas saem-me tão menos facilmente...

04/02/2007

Saldo dum fim-de-semana a sul

Mais uma semi-hecatombe viária, em que a ausência de placas (com indicações claras) me fez perder tempos infinitos à procura do caminho certo (por outro lado, fui a locais aonde provavelmente nunca iria. Cof. Começo a pensar se o facto de me perder algumas vezes, muitas delas no regresso a casa, quererá dizer alguma coisa). Mais um mini-incidente doméstico, traduzido numa ligeira queimadura num dedo da mão direita. Menos saudades. Muita conversa.

E agora, começa a contagem decrescente para ir a casa - aquela casa que fica em ruas onde raramente me perco. Boa semana :)

31/01/2007

Not-that-desperate housewife...yet

Isto de andar na chamada "lida da casa" tem que se lhe diga. As coisas não podem ser feitas só se e quando nos apetece porque...têm de ser feitas na mesma. E quando somos só nós a ter de fazê-las, está bem de se ver para quem é que vai sobrar. Mas essa parte do planeamento e execução de tarefas eu até consigo organizar decentemente.

O que me anda a irritar mais solenemente são as terríveis consequências de ser dona de casa: e já nem falo nas mãos mais secas ou nas unhas sempre a precisar de arranjo urgente. Falo dos cortes, senhores, dos cortes. As facas de cozinha são novinhas em folha, eu sei; mas isto de me cortar inúmeras vezes quando isso até raramente acontecia dantes (e eu já cozinho para mim há anos!) anda-me a dar cabo do juízo. A minha última proeza foi esfacelar a superfície do meu polegar a cortar ingredientes para a sopa. Nem reparei que isso estava a acontecer, porque felizmente os cortes foram superficiais; reparei no final que tinha o dedo num estado lastimável. Como se não bastasse, para além dos cortes, ando com uma estranha tendência para dar com a cabeça nas portas dos armários da cozinha e para me queimar.

Quero de volta a fada do lar praticamente exemplar (e extremamente charmosa, diga-se de passagem) que há em mim, sim? Senão começo a temer seriamente pela vida, dada a escalada de violência que se tem vindo a abater sobre a minha pessoa. Agradecida.

30/01/2007

Das opções erradas

No meu ginásio novo, dei por mim a cometer a insanidade de ir experimentar uma aula com um nome apelativo em estrangeiro. Puro engano, senhores, uma típica opção errada que não voltarei a repetir nos próximos tempos.

A aula até pode ter um nome pomposo, de estalo, daqueles que basta pronunciar para emagrecer; mas a realidade nua e crua é que se podia perfeitamente chamar saltos até mais não. O nome reflectiria, assim, a verdadeira essência da coisa e poupava-me o trabalho de ir experimentar, porque à partida eu saberia que não gostando de andar a saltar coisas, não deveria ir àquela aula - e isso revelar-se-ia uma decisão sábia e acertada, que iria contribuir decisivamente para o meu bem-estar corporal e auditivo (ouvir música aos berros e uma pessoa histérica a berrar em simultâneo também não me agrada particularmente). Bem, aprendi a minha lição: não confiar nunca na senhora da recepção e ir espionar as aulas antes de as experimentar a valer.

28/01/2007

Somos o que comemos, certo?

Então este fim-de-semana já fui uma lasanha vegetariana (feita por mim própria), o melhor bolo de chocolate do mundo (não sou eu que digo, é mesmo o nome do bolo), um buffet inteiro, um brunch delicioso à beira-rio, dois pastéis de Belém e um chocolate preto com recheio de morangos silvestres (entre outras coisas mais). Decididamente, planeamos muito da nossa vida em redor das refeições. E isso sabe ó-tão-bem :)

26/01/2007

Sacrifícios em prol da vitamina C e outras histórias

Odeio descascar citrinos cor-de-laranja em geral. Não pela casca em si, nem pela cor do citrino, mas sim pelo cheiro que fica nas mãos. Não gosto, pronto. O dilema é que eu até gosto bastante desses frutos; ou seja, quando tenho quem cravar, ponho o meu melhor olhar pedinchão e essas frutas aparecem descascadas, plim!, magia, é só comer (e aqui fica o meu agradecimento especial aos meus descascadores de tangerinas e laranjas oficiais). O problema é que agora que moro sozinha, adeus descascadores oficiais. Ainda cheguei a considerar a viabilidade de pedir a um vizinho o grande favor de me descascar uma tangerina; mas tive de encarar a cruel realidade - as únicas mãos aqui são as minhas, e é mesmo com elas que vou ter de descascar as ditas frutinhas.

Portanto cedi. Comprei tangerinas. Descasco-as. Lavo bem as mãos para tentar tirar o cheiro. Não resulta. Mas pelo sabor, vale a pena o esforço.

...

Por acaso alguém sabe como eliminar completamente o cheiro a tangerina das mãos? :)

Bom fim-de-semana!

25/01/2007

Dar-se ares

O meu carro teve de ir fazer uma visitinha à oficina para uma operação de rotina. Ora quando digo “operação de rotina”, é precisamente porque estou farta de ir fazer exactamente o mesmo a outros locais, há anos. Só que agora, como os locais habituais são bastante longe, experimentei ir a uma oficina aqui perto.

O velhinho mecânico que me veio atender tinha ar de avô simpático. E até foi simpático, (pelo menos até certo ponto da visita), apesar de me obrigar a falar a berrar por ser claramente meio surdo. Pois bem, o que se passa é que sendo eu gaja (ou seja, para a maioria dos mecânicos, ser gaja equivale a não perceber népias de automóveis), e neste local onde me encontro, gaja-que-não-tem-pronúncia-daqui, o velhinho achou por bem cobrar-me um real balúrdio pelo serviço. É uma opção, sim, está no direito dele.

[Pois bem, Sr. Velhinho, fique sabendo que para a mesma operação de rotina no futuro, não mais porei os meus delicados e sensuais pezinhos na sua oficina. Posso até ter ar de gaja (que sou), ter ar de quem não é daqui (que não sou) e ter ar de zero à esquerda em mecânica (até certo ponto, sou). Mas de otária, não tenho grande coisa. Passe benzinho, sim?]

23/01/2007

Eu leio rápido...

...mas a ligação à Internet aqui em casa é tãaaaaaaaaaaaao lenta, tantas e tantas vezes (a maior parte delas). Um autêntico exercício de auto-superação e um teste constante aos nervos. Acho que a única solução é tentar ler mais devagar, que largar mais carcanhol por mais velocidade está fora de questão, ó se está; ouviram, senhores da net portátil? Haja paciência.

22/01/2007

Scoop



Sondra: Oh, you always see the glass half empty.
Sid: No, I always see the glass half full. Of poison!

[Fui ver este, e recomendo!]

Pouca terra, pouca terra

Um dos meios de transporte de que mais gosto é o comboio. Desde pequena que gosto do embalar da linha, do ruído, das paisagens. Comecei por fazer algumas viagens com os meus avós e pais; fui fazendo inúmeras sozinha, em trabalho, outras com mais gente e também mais esporádicas, para passear. Agora, o comboio também me leva a casa (sem precisar de bússolas). Pena que ainda tenha algumas desvantagens - muitas delas facilmente minoradas e resolvidas com mais e melhor capacidade de organização; mas isso, já são outros assuntos.

O que me leva a falar dos comboios hoje é o que ele supostamente diz. Pouca terra, pouca terra. É que nenhum outro meio dos transporte nos está sempre a lembrar que nunca estivemos tão perto de chegar.

17/01/2007

Mais a sul, perder o Norte...

Aqui em casa, tenho uma joaninha-bússola que me diz sempre onde está o Norte. Infelizmente, não estava comigo hoje quando vinha para casa - OK, duvido que ajudasse muito, mas podia reconfortar-me :) - depois da primeira ida ao cinema mais a sul. Chegar ao cinema em si, cheguei muito bem, graças às informações-infusões preciosas da Guida; voltar a casa é que foi mais complicado, devido ao elevado número de placas que existe e ao reduzido número de placas com informações claras e realmente úteis. Bom, nada que não se resolvesse andando mais um bocadinho e voltando a encontrar o caminho certo: as boas notícias são que de facto, acabei por o encontrar e já estou em casa; as más notícias são que não fixei o caminho certo por ter dado algumas voltinhas extra. E uma vez que a minha condução na área metropolitana de Lisboa ainda não é nada intuitiva, prevejo futuros problemas; haja gasolina que chegue (e paciência, assim...muita) para procurar as placas certas.

Quanto ao cinema em si, foi um evento histórico, porque pela primeira vez, fui sozinha. Não custou nada. Fui ver este filme. É uma comédia levezinha, tem alguns bons momentos.

E agora se me dão licença, vou ali beber uma infusão marroquina; não é que afinal gosto de alguns chás com toques de menta? É o que dá, conviver diariamente com inúmeras pessoas viciadas em chá. E é o que dá uma delas praticamente me obrigar a provar todos os que existem no escritório.

16/01/2007

Olha o passarinho!

Nunca percebi bem por que motivo utilizavam esta expressão quando iam tirar uma fotografia. Ao olha o passarinho!, seguia-se na maior parte dos casos uma potente e violenta flashada. Mas adiante, que nem sequer é sobre isso que eu vou falar.

A propósito de passarinhos, é normal que se oiçam alguns de vez em quando, no campo - principalmente - e na cidade - mais raramente. O que é muito mais raro é ouvir um passarinho de cidade que canta mesmo bem; não aquele piar irritante, não o chinfrim habitual da passarada, mas sim um trinado elaborado, daqueles esmerados, que parecem exigir horas e horas de treino intensivo e dedicado. Tentei descobrir o passarinho (para que conste, a minha inexistente formação ornitológica não me permite ir além da classificação "passarinho" e termos semelhantes; que me desculpem os entendidos!) por entre a folhagem dos quintais dos vizinhos, mas não há maneira de o encontrar. De qualquer maneira, espero que ele continue a investir nas pequenas cordas vocais dele; acho que há boas possibilidades de virem a descobrir o Pavarotti dos pássaros aqui bem ao lado da minha casa mais a sul.

15/01/2007

Mais a sul III

Isto de acomodar os velhos hábitos e arranjar tempo para os novos dá muito que fazer; quando mudou tanta coisa, temos de nos adaptar aos poucos. Não está a ser demasiado complicado; mas reencontrar o ritmo certo demora bastante. Quando dou por ela, passou mais um dia e não fiz tanto do que queria fazer; não me incomodo demasiado - faz parte.

Boa semana :)

11/01/2007

Até podia escrever

...um post todo janota a dizer que fui comprar muitas coisas para a casa nova aos saldos e não sei quê. Mas de repente, alguém me disse que hoje dava o primeiro episódio da 3ª série do Dr. Casa. E eu não posso perder esse episódio. Portanto as minhas desculpas aos leitores e às minhas células corporais, mas vou escrever menos, passar a minha hora de deitar altamente recomendada, ficar com uma camada de sono brutal amanhã. Mas vou ver o dito episódio. Há opções que uma pessoa tem de fazer.

10/01/2007

Ora era um banhinho de imersão, ó sáxavôri!

Em miúda, tomava banhos de imersão quando ficava na minha avó e ainda cabia deitada no chão da banheira. Poucos, mas demorados, até ficar com a pele tipo ameixa seca e não aguentar mais. Hoje, queria ter tomado um banho de imersão daqueles. Garanto que ficava na água até não poder nem mais um segundinho que fosse*. A culpa desta vontade súbita? É do cansaço e desta dica excelente da mini-saia. Até já me cheira à hortelã do quintal da minha avó, daqui de longe.

*Pena que a minha consciência ecológica fale mais alto tantas vezes.

09/01/2007

A brincar, a brincar...

Uma das formas mais usuais que temos de dizer as verdades é precisamente a brincar. Portanto, quando não estamos mesmo a brincar, estamos muito provavelmente a falar a sério. O problema é quando somos os ouvintes e constatamos - porque frequentemente, há brincadeiras que deixam transparecer verdades - que por detrás da ironia, das piadas e graçolas, está uma verdade que parece magoar e muito; é que nem a maior das brincadeiras esconde uma grande verdade.

08/01/2007

Mais a sul II

Das coisas de morar sozinha. Para variar, sou eu a ter de saber aonde estão as coisas, querendo coisas neste caso dizer tudo. A sensação é boa; só há o pequeno problema de não poder perguntar a ninguém onde está qualquer coisa, de não me poder vingar em alguém por não encontrar algo (é da maneira que perco esse péssimo e antigo hábito).

Lá em cima, cá em baixo. Quanto ao primeiro fim-de-semana passado cá em baixo, foi excelente. Apesar da seca nas filas da Gulbenkian; da valentíssima seca à procura de lugar para estacionar em quase todo o lado; do elevadíssimo nível de picante de certas e determinadas comidas. Felizmente, as secas foram sempre em excelente companhia e o sabor picante, esse desaparece depressa. A lei da compensação ditou que as ditas secas também fossem compensadas pela ida a um dos melhores restaurantes vegetarianos de que tenho memória (Terra). Ah, e já tinha dito que tive a melhor das companhias? :)

Boa semana!

07/01/2007

A propósito dum chá verde

Cada vez mais, acho que não somos só nós que conseguimos fazer as melhores escolhas para nós próprios. Às vezes, não sabemos bem do que gostamos. É por isso que as pessoas de quem gostamos se encarregam de nos mostrar, oferecer, etc. aquilo de que sabem que vamos gostar. E é tão bom que seja assim, que sejam capazes de escolher coisas tão boas para nós. Como se fôssemos nós próprios a escolhê-las.

05/01/2007

Mudam-se os tempos...

Na escola primária, a professora perguntava sempre quem queria leite quente. O "quente" era conseguido pondo os pacotes em cima dum aquecedor.

No escritório, estamos à espera do novo frigorífico. E para manter os iogurtes frescos...as embalagens vão directamente para o parapeito da janela.

Arranja-se sempre maneira de contornar certas coisas, não é? Bom fim-de-semana :)

03/01/2007

Mais a sul I

1. Não é nada que eu já não previsse, mas...casa própria (ou antes, não de família) dá trabalho. Muito. E faz-se pouca coisa em muito tempo; gostava de ser um bocadinho menos perfeccionista (e até não acho que seja muito).

2. Tenho de me habituar a deitar cedo. Tenho mesmo. MES-MO.

3. Novo emprego: em fase de ambientação. Até ver, gosto. Os desafios fazem-nos bem.

4. Já disse que tinha de me habituar a deitar cedo? Pois.

02/01/2007

Primeiro de 2007


2006 acabou muito bem, embora tenha obrigado a algumas despedidas [muito] temporárias mais custosas - facilitadas por todos os mimos (um dos quais este bolinho magnífico!), prendas, mensagens e desejos. Foi um ano que me trouxe várias mudanças boas, algumas novas experiências e um conhecimento renovado de mim própria. Foi também um ano de consolidação de amizades e relações pessoais. Balanço bastante positivo, portanto.

Vamos a 2007, então. Eu começo com uma viagem de mudanças para sul. Até já :)