11/03/2005

A pintura - o auge do combate ao stress

Neste caso, refiro-me evidentemente à pintura de habitações e não falo em termos de belas-artes, uma vez que esta última pintura não combate o stress, no meu caso, mas antes o provoca: como a minha vocação artística é altamente questionável e duvidosa (exceptuando talvez uma ligeira tendência para a gastronomia, nem sempre com resultados notáveis), prefiro dedicar-me à pintura de paredes.

Foi uma arte que experimentei recentemente, devido à onda grupal de mudanças que se abateu sobre os meus amigos, e não é que tenha descoberto propriamente uma vocação, mas acho que ou o cheiro da tinta ou o acto de pintar, se não provocarem enjoos, nódoas persistentes ou quedas aparatosas, fazem com que o pintor fique voltado para o interior e, como consequência, é conduzido a um estado quase meditativo e destressante. Por exemplo, é muito natural que o contacto prolongado com o referido cheiro ou com o todo-poderoso diluente cause a tendência para dar enormes voltas ao quarteirão para atingir certos objectivos – como por exemplo, um determinado restaurante (de acordo com uma sondagem recente efectuada na baixa portuense a 3 indivíduos).


A fiabilidade da pintura de habitações no combate ao stress é de tal ordem que supera a das bolas-mundi de borracha palpável e os sacos de boxe (de acordo com uma sondagem efectuada no Castêlo da Maia, 100% da pessoa em questão mencionou a pintura, especialmente com rolo, como um potente e infalível anti-stress*).

Produtos como a tartaruguinha, a tinta-de-água e outros que tais deviam ser proclamados os novos anti-depressivos. Em conjunção com a osmose cromatográfica dinâmica, esta técnica anti-stress pode alterar totalmente a nossa visão do mundo!

*margem de erro de 100%

2 comentários:

rukia disse...

caríssima..quanto à questão osmose estou de acordo..agora rolo e pintura de paredes nãã..mil vezes a trincha de envernizar portas! é verdade, assumo aqui, perante a parafernália cibernética, sou uma vernicheaddicted..adoro envernizar portas e complementos do género. até sonho com isso eheheh!

izzolda disse...

Aproveito a tua assumpção pública para declarar o meu ódio profundo ao cheiro do verniz :)