27/04/2005

Sentidos desligáveis

Regra geral, odeio ouvir as conversas telefónicas dos outros - especialmente aquelas de chacha e de combinações que só interessam a quem está envolvido e a quem vai. Odeio ainda mais quando as pessoas presumem que estou realmente a prestar atenção e que sequer me interesso pelo que estão a dizer. Odeio profundamente quando dialogam comigo presumindo que ouvi tudo. Odeio totalmente quando ouvem as minhas conversas e utilizam informações ou frases que porventura ouviram para fazer comentários.

Mas o que mais odeio é ter de estar a trabalhar (mais especificamente: a tentar redigir um manual dum simpático veículo utilitário de uma reconhecida marca de motas que começa por K e acaba em I) e a ouvir telefonemas sem fim.

Há sentidos que se deviam poder desligar de vez em quando.

1 comentário:

Anónimo disse...

Minha amiga...como te compreendo!!!De há um ano para cá tenho uma telefonemomaníaca sentada à minha frente....Só falta pegar na agenda e começar a telefonar por ordem alfabética!! É pra filha (também conhecida como riquezinha...há que salientar que a rapariga tem 25 anos!!), para o marido, para o pai, para as irmãs, para a sogra, para amigas, conhecidas, colegas...se há alguém que utilize a máxima "não vá, telefone", esse alguém é a Julieta!!!
Para além disso, ouves as histórias vezes sem fim...ela conta para todos, dp volta a contar nos telefonemas, e não contente com isso, ainda volta a comentar pormenores dos telefonemas como se alguém estivesse interessado!!! Argh....É do pior!!! Quando sinto a iminência de um telefonema, refugio-me no negro o meu teclado...mas...confesso, mesmo isso a maior parte das vezes não resulta!!! Tou solidária contigo e com a tua causa!!!