18/10/2006

A chuva em três actos e epílogo

Acto primeiro. Decido confiar que o meu guarda-chuva é resistente e leal. Erro. Rajada de vento transforma o meu guarda-chuva num ser amorfo e mutante em apenas milésimos de segundo.

Acto segundo. Guarda-chuva semi-esfrangalhado ganha vida própria quando decido fechá-lo e desfere um brutal golpe contra o meu dedo mindinho. Dedo mindinho incha e eu só não uivo de dor a meio da rua por ser ridículo deixar-me afectar por algo tão insignificante como um dedo mindinho.

Acto terceiro. Decido abrigar-me o mais possível durante o percurso até casa para evitar que a molha certa seja o descalabro total. Tarefa revela-se possível, mas inglória; ou seja, a molha é certa, sim, mas o descalabro é total na mesma apesar dos meus esforços para me abrigar.

Epílogo. Passarei a tarde a lamentar o sofrimento atroz do meu dedo mindinho e a repetir para mim mesma andar a pé é saudável e ecológico, andar a pé faz bem. Bolas, pá, não há mesmo verdades universais e vamos sempre descobri-lo da pior forma.

7 comentários:

FFreitas disse...

Malditos dias de chuva, não é???

As melhoras para dedo mindinho!

Miguel disse...

Existe uma verdade que me parece ser universal, ou quase:

"quem anda à chuva, molha-se!"

Melhoras para o mindinho

Anónimo disse...

A chuva é o descalabro de todas as verdades absolutas...excepto da fatia de bolo com uma chávena de chá...

ups disse...

Não gosto nada de chuva! Mas recuso-me usar guarda-chuvas: acho que sao instrumentos do demo!

Margarida disse...

melhores dias virão! :)

as melhoras*

Ana disse...

Não gosto de chuva, confesso! mas, ando com vontade de apanhar 1 chuvada daquelas até aos ossos...claro que para, a seguir, tomar 1 banho quentinho e vestir roupa seca :)

MIN disse...

Tanta chuva já chateia!