30/09/2005
Este fim-de-semana
É já na Segunda-feira.
Óculos, máquinas fotográficas, chapéus, escadotes, o que quer que seja: não há desculpas para o perder (obviamente, também vai ser transmitido em directo na Internet, com a agradável vantagem de não precisarem de usar óculos com aspecto ridículo).
Entretanto, bom fim-de-semana!
Comparação e revolta gelada
"É bom, este chá. Sabe a perna de pau!"*
(chá: rooibos morango)
Uma das vantagens de sermos adultos ou financeiramente independentes é podermos comprar os gelados que nos apetecer. Não temos de implorar um gelado aos pais ou às avós ou a qualquer pessoa com o mínimo de poder de compra.
Mas acho mal isto das colecções de gelados. Então uma pessoa afeiçoa-se ao gelado e na próxima colecção, nicles batatóides, já não há, acabou, puf! Foi descontinuado! Afinal, quem decide o sucesso dos gelados? É só o top de vendas? Então e as imensas minorias que gostam dos gelados menos vendidos, não têm direito a usufruir do seu mais-que-tudo?
O momento em que descobrimos que o nosso gelado acabou é triste. E eu tenho um especial azar, porque todos os gelados de que eu começo a gostar acabam passado pouco tempo. Como se isso não bastasse, vou a outro país e descubro um gelado de que gosto. Mas mesmo as marcas supostamente internacionais não têm os mesmos gelados em todos os países, não senhora! Eu quero o Solero frutos vermelhos aqui na nossa Olá e não nas equivalentes alemã, britânica e espanhola! Não há direito!
Ai, estas desigualdades. Nem o mundo gelado é ideal.
*Fora do contexto dos gelados, esta frase é muito estranha.29/09/2005
Liberta o biscateiro que há em ti!
Todos temos um biscateiro em potencial dentro de nós. Quem nunca tentou fazer um conserto, um arranjinho que fosse, quem nunca tentou arranjar uma solução engenhosa para um problema? Seja ele uma ligação eléctrica, uma peça partida, um electrodoméstico avariado, uma peça descosida... a tentação é grande. A coisa está lá, danificada, a precisar de arranjo, nós até temos uma caixa de ferramentas reluzentes... decidimos tentar a nossa sorte.
É aí que entram em acção o instinto, a inspiração e o improviso.
Bem como uma boa dose de sorte, se o empreendimento for de monta.
Depois, os resultados:
1. apoteose - tarefa bem sucedida e gáudio generalizado;
2. relativo sucesso - a coisa está remediada ou desenrascada;
3. fracasso e humilhação - a coisa ficou significativamente pior e é necessária a ajuda de um profissional (ou de um biscateiro mais experiente);
4. catástrofe - danos irreparáveis e baixa acentuada da auto-estima.
Biscateiros deste mundo, acusem-se.
Os biscates mais arriscados que fiz envolveram colagens e coseduras.
Decididamente eu, é mais bolos.
Palavra do dia edição especial: terima kasih*!
Em meu nome e em nome de toda a equipa do Errortografico (que curiosamente também sou eu), um grande CHUAC daqui para ali :) Foi um prazer escrever noutras paredes!
E se não conhecem ainda o blog de que falo...de que é que estão à espera?!
*em malaio.
28/09/2005
Tolerância zero (matinal)
Geralmente, não falo com ninguém até chegar ao trabalho. Agora imaginem o que é vir trabalhar e ter alguém na mesma sala que dispara perguntas em todas as direcções, todas, e conta todas as histórias que não queremos ouvir àquela hora, com todos os pormenores que não queremos nem nunca vamos querer saber, mesmo a outras horas. A minha tendência é responder com monossílabos, manter a calma e tentar fazer perceber que não estou para aí virada (e acreditem, eu nisso sou bastante convincente). Mas qual quê. Não adianta. A coisa continua, e continua, e eu já tendo de escrever (trabalho!), ainda tenho de ouvir alguém a falar ao mesmo tempo de mil coisas que realmente não me interessam e a perguntar tudo e mais alguma coisa.
A arte não está só em conversar. A arte também está em saber quando estar calado. É por isso que com as pessoas com quem nos damos bem ou com quem realmente *comunicamos*, falamos também com o olhar, com as reacções, com as expressões faciais, com os gestos. Sabemos quando as palavras são acessórias.
Por isso, sou muito pouco tolerante com quem é impermeável aos outros e ao que lhe estão a tentar comunicar (sempre). Não há paciência nem boa vontade que resista.
27/09/2005
Da importância do cabeleireiro
Quando comecei eu a escolher o corte com o aval maternal, a coisa tornou-se mais empolgante, embora na época, os cortes fossem invariavelmente todos iguais nas pessoas que conhecia nos anos 80 (franja e comprimento algures entre o queixo e o ombro, para usar a bela da bandolete/fita - ou pior, para fazer a combinação pála com gel + bandolete).
Hoje em dia, e como não tenho a vantagem de conseguir cortar o cabelo a mim própria, como algumas pessoas, vou ao cabeleireiro para promover a saúde capilar, lavar e arejar a alma. Posso escolher o corte, o penteado, o champô, o gel...mas não posso nunca, jamais, estar calada.
Quando era pequena, ninguém levava a mal se não falasse...hoje em dia, tenho de ir ao cabeleireiro com vontade de falar. Com vontade de dissertar sobre a crise, sobre os preços elevados, sobre novelas e reality shows que nunca vejo. Para fugir aos assuntos que não domino, uso a estratégia mergulho-numa-revista-cor-de-rosa, uma das inúmeras disponíveis no local (mas quem raio é a Kiki Trindade?!). Mas nunca consigo fugir totalmente, há sempre uma pergunta que se destina a incluir-me na conversa. Eu agradeço o esforço, mas...acham que se levar uns lápis de cor consigo escapar?
“Se a solução...
Estes manuais técnicos ensinam-nos tantas coisas úteis.
Agora já sabem, se encontrarem a solução, não a atirem para os olhos.
26/09/2005
Ter ou não ter...
Não tinha saudades das conversas intermináveis ao telefone, dos pormenores geralmente inúteis contados em exagero. De pormenores que não interessam a ninguém. Das histórias e das perguntas repetidas dezenas de vezes.
Há saudades assim, que passam depressa. Ou que nunca chegam a existir.
Palavra do dia V: sove
Gostava de poder x mais.
Em Norueguês.
23/09/2005
22/09/2005
Past tense
Irregular. Entrelaçado. Hipnótico. Cruzado. Caótico. Intrigante.
Algo surpreendente e algo misterioso. Cativante.
E muito, mas muito recomendável*.
Gosto de acabar de ler livros. Mas fica sempre uma sensação de vazio.
O livro acompanha-nos todos os dias durante algum tempo e de repente, deixa-nos sozinhos. Fim.
*Oracle Night/A Noite do Oráculo, de Paul Auster.
Mas já vos tinha avisado que no que toca a este autor, sou bastante suspeita ;)
Future tense
Oracle Night, Paul Auster
Está quase, quase, quase. É tão bom acabar de ler um livro.
Vou só ali acabar de ler este e venho já.
21/09/2005
Morte ao hábito...
Estou sempre a queixar-me do trânsito da primeira rotunda que encontro ao sair do trabalho, porque é algo caótico e intenso. Digamos que é o primeiro obstáculo que encontro no caminho para casa, aquilo que me separa do maravilhoso mundo extra-trabalho.
Praguejo contra a rotunda, protesto com os outros que impedem a rotunda, insulto a rotunda, digo os piores impropérios do código da estrada e do ilustre indivíduo que terá inventado a rotunda, fulmino com os olhos qualquer condutor que impeça o fácil acesso à rotunda, digo mal da minha vida pelas secas imensas.
Hoje, decidi começar a estacionar depois da rotunda.
Há problemas que parecem complicados, mas que o são só na nossa cabeça.
Ou hábitos enraizados que quando se mudam, podem mudar tudo.
Palavra do dia V: moeilijkheid
Nem nos apetecia tanto fazer certas coisas.
Mas também não a queremos em doses exageradas ;)
Em Neerlandês.
Memória selectiva
A nossa memória consegue ser muito estranha e guarda coisas misteriosíssimas. Às vezes, deliciosamente (ou aparentemente) inúteis. Outras úteis. Será que pelo simples facto de estar na nossa memória, essa informação algum dia nos vai ser útil? Até que ponto é que a memória selectiva selecciona bem e trabalha no nosso próprio interesse?
Conclusão: nós devíamos ter um índice remissivo cerebral.
Nota 1: Espero que esta febre de perguntas existenciais passe depressa.
Terá sido do trânsito?
Nota 2: Um dos meus blogs favoritos, o da Patsy, já se deixou contagiar pela máquina :) Patsy, olha que acho que a tua produtividade laboral ainda aumenta, já viste o que era traduzir imediatamente os teus trabalhos/relatórios para inglês? Advantages are alone! (Inglês correctíssimo para: são só vantagens! ;)
20/09/2005
Máquina 0, Eu 3 - a saga continua
Máquina: Not taste there very of the mornings. They pass fast.
É fácil ganhar a esta máquina em coerência. Por isso, gosto dela.
E agora, vou só ali e venho já.
Ou como diria a máquina, I only go there and I come already
(I beg your pardon?!).
Ele há máquinas muito frescas.
Injecção matinal de realidade
Carro a arder em plena estrada e bombeiros que lutam para controlar o incêndio.
Filas intermináveis.
A grande máquina da realidade está sempre a querer acordar-nos.
19/09/2005
Palavra do dia IV: divaakara
Precisamos dele para viver. E a vida precisa dele.
E ele está sempre lá. Mesmo escondido.
Bah. Think again.
Pensei mal, muito mal.
É pena.
Boa semana :)
16/09/2005
Iupiiiiiii
Por pouco que seja, sabe sempre tãaaao bem ;)
Bom fim-de-semana para vocês!
42
É a resposta à derradeira pergunta! Pergunta essa que, por acaso, ainda ninguém descobriu ;)
Queria ter lido os livros antes de ver o filme, mas não se proporcionou e a ordem teve de ser a inversa.
Hitchhiker’s guide to the galaxy/À boleia pela galáxia tem uma boa dose de loucura, surrealidade, ironia, ridículo, gargalhadas q.b. e não desilude quem está predisposto a conhecer ou reencontrar o universo louco de Douglas Adams (previno-vos desde já, houve gente que saiu a meio do filme; há doses de ridículo não recomendadas aos mais sensíveis).
A não perder, quanto a mim.
But that’s just me talking ;)
E se quiserem saber ou ver mais...
Site oficial do filme, muito recomendável
h2g2 - The unconventional Guide to Life, the Universe and Everything: dêem uma espreitadela para ver o que é ;)
“There is a theory which states that if ever anybody discovers exactly what the Universe is for and why it is here, it will instantly disappear and be replaced by something even more bizarre and inexplicable. There is another theory which states that this has already happened.”
Douglas Adams
15/09/2005
Três, quatro, duas, quatro
As três do triciclo amarelo e preto a galgarem todos os recantos do quintal da minha avó.
As quatro do karting a pedais cor-de-laranja que mal cabia guardado na sala de jantar, mas que fazia furor no pátio lá de casa.
As duas da minha primeira bicicleta vermelha, que pouco utilizei por ter caído nas primeiras vezes e achar que não tinha sido talhada para aquilo.
Depois, as quatro do carro branco, que agora tenho de utilizar todos os dias.
Muitas vezes, a vida anda mesmo sobre rodas ;)
Nota - E agora esperem aí que vou só dar umas pedaladas e já venho! Amanhã.
Tentativas II
Tinha bicho.
Voltei ao chocolate. Esse raramente desilude! ;)
14/09/2005
Tentativas I
Não adiantou.
Críticas à análise da minha data de aniversário*
Vitalidade, energia e recuperações rápidas: pode ser que sim. Já me disseram que tinha um ritmo demoníaco, mas só é verdade de vez em quando :)
Hmmm, "possivelmente boa a cantar"?! Asseguro-vos que é mentira. A maneira como canto melhor é, decididamente, escrevendo as letras ;)
Imaginação e envolvimento em demasiadas coisas superficiais, mas com mente prática e racional?! Alguém precisa de um dicionário e não sou eu, que até tenho aqui muitos ;)
Altos e baixos...venham eles; eu até gosto de planaltos.
Conclusão: até gosto destes testes.
Posso chamar-lhes mentirosos na cara e eles a ralarem-se :)
Your Birthdate: July 12 |
Being born on the 12th day of the month (3 energy) is likely to add a good bit of vitality to your life. The energy of 3 allows you bounce back rapidly from setbacks, physical or mental. There is a restlessness in your nature, but you seem to be able to portray an easygoing, sometimes "couldn't care less" attitude. You have a natural ability to express yourself in public, and you always make a very good impression. Good with words, you excel in writing, speaking, and possibly singing. You are energetic and always a good conversationalist. You have a keen imagination, but you tend to scatter your energies and become involved with too may superficial matters. Your mind is practical and rational despite this tendency to jump about. You are affectionate and loving - but very sensitive. You are subject to rapid ups and downs. |
Via PorquinhoAzul :)
13/09/2005
Ar puro!
A pedido, disponível também em embalagens ultra-portáteis.
*sabes quem és ;)
Palavra do dia III: arbejde
Quando não temos, queremos ter.
Quando temos, não o queremos.
Ou pelo menos não o queremos em demasia.
Que será? :)
11/09/2005
09/09/2005
Palavra do dia II: Regenschirm
E pelos vistos, vai ser preciso para o fim-de-semana.
E já que falamos nisso...bom fim-de-semana!
Dança da chuva
Quando andava na escola primária, tinha um guarda-chuva vermelho com jogadores de futebol pequeninos e outro azul com cães amarelos, um impermeável transparente e umas galochas (não eram daquelas com olhos que eu tanto queria, snif snif) que me faziam achar a chuva bonita e gostar de saltar nas poças. O problema era que tínhamos de passar o recreio num recinto coberto horrível, escuro, demasiado pequeno para tanta criançada. Nesses dias, a chuva nunca mais parava.
Assim como hoje, em que ainda mal parou de chover. Mas não nos podemos dar ao luxo de não gostar da chuva, a cair de mansinho e a regar tudo e a evitar os incêndios.
Por isso, let it rain :)
08/09/2005
Agitar antes de abrir
O dia continua agitado: o volume de trabalho aumentou significativamente. Projecto técnico, aborrecido e que envolve toneladas de pesquisa. Que curiosamente, é aliciante, secalhar precisamente por ser difícil :)
Conclusão: nem todos os dias agitados são necessariamente maus.
Um bom dia para vocês ;)
07/09/2005
Palavra do dia: zdravo!*
A ver DVDs de filmes cómicos a fugir pró idiota, também se aprende qualquer coisa.
Primeiro, surge a dúvida ao ver o menu inicial de selecção: que língua será hrvatski?
Não há nenhuma ligação linguística com a palavra em português ou línguas conhecidas, não se consegue estabelecer um parentesco, ninguém percebe donde é a língua, desistimos.
Conversa infrutífera com almofada ergonómica.
Manhã, as maravilhas da tecnologia e dos algoritmos de pesquisa.
Hrvatski é nada mais, nada menos do que croata.
*"olá!"
06/09/2005
Máquina 0, Eu 2
Não curto cenas xungas. Há ceninhas que são foleiras e prontos.
OK, OK, eu não gozo mais com a tradução automática. Mas ainda gostava de descobrir uma frase em que a máquina não traduza nada ;) às vezes, era tãaao preferível.
Humanos que querem ser máquinas
Ou então sou eu a ser esquisita, como de costume :)
Máquinas que querem ser humanas
Máquina: Olá, as is today? It has days where it is so difficult to arrange reasons to write, that today I decided to illustrate the virtues of the automatic translation. E believes, entirely has manuals and summaries written with this precious aid. Real translators for what!? We go all maquinês speech and to rejubilar with the result. [Tradução do texto que se segue no Babelfish]
Eu: Olá, como estão hoje? Há dias em que é tão difícil arranjar motivos para escrever, que hoje decidi ilustrar as virtudes da tradução automática. E acreditem, há manuais e ementas escritas inteiramente com este auxílio precioso. Tradutores reais para quê? Vamos todos falar maquinês e rejubilar com o resultado.
seres não-vivos e adoptar tamagotchis
05/09/2005
Coisas que não valem a pena I
Beber horchata engarrafada (esta verdade, comprovada por 2 horchatólogos mais ou menos convictos e 2 amigos estóicos e insubstituíveis que fizeram o favor de provar e dar por verdadeira esta teoria, também documentada fotograficamente :)
Não vale a pena pela bebida em si, claro está.
Porque em compensação, um brinde vale sempre a pena. Ainda para mais em boa companhia!
Regar, regar, regar...
JN, 05/09/2005
Dentro das medidas previstas para poupar água e diminuir os fogos florestais, foi decidido que brevemente, os habitantes das áreas circundantes de campos de golfe serão simpaticamente convidados a ir viver para os ditos campos e aproveitar a água da rega para tomar banho e cozinhar, a horas em que o campo não esteja a ser utilizado por golfistas. É assim que Portugal, um país com vincadas e seculares tradições no golfe, responde à seca e aos incêndios florestais.
Bernardo de Fonssecca e Esppíritto Santto, um renomeado golfista nacional, argumenta: “Nunca ninguém viu relva a arder, certo? Nem um campo de golfe que se preze sem relva verde e viçosa, pois não? Assim está tudo resolvido! Ainda por cima depois vêm bué de turistas golfar forte e feio, tá a ver? Todos ganham com estas medidas ímpares no mundo.”
A semana começa cinzenta, ao contrário dos campos de golfe, sempre verdinhos.
02/09/2005
Os vossos desejos são ordens
Achocolatem-se!
Discurso indirecto forçado
Prefiro que me falem sempre a cantar :)
(e como gosto desta expressão!)
01/09/2005
Era doce
Conclusão lógica: tenho de pôr mais açúcar neste blog.
Discurso indirecto livre*
*que claro, me faz lembrar o grande Eça de Queirós (>e que óptimo site este da Biblioteca Nacional, com o essencial sobre Eça e algumas das obras/espólio de Eça em formato digital!).
Voltando ao tipo de discurso, também me faz lembrar o perigo que é dizer o que alguém disse sem emitir juízos de valor :)