19/12/2005

Natal da minha vida

Ou de como cedo descobri que a história do Pai Natal vir pela chaminé não poderia concretizar-se na primeira casa em que me lembro de viver o Natal: tínhamos exaustor.

Lembro-me de querer à viva força acreditar que ele passava pela frincha entre o exaustor e a parede. Mas quanto mais pensava no mito, mais me convencia da realidade nua e crua: ele era gordo. Logo, teria de entrar por outro lado.

Não sei em que momento o mito terá caído por terra, mas lembro-me vivamente de até querer acreditar nele. A tecnologia não deixou.

A história do Menino Jesus já me parecia mais plausível. A pessoa portava-se bem e as prendas apareciam. Simples. Mas achava estranho as prendas só aparecerem depois de os meus pais acordarem no dia 25.

Lembro-me de uma altura semi-obscura na minha mente em que tentei coordenar ambas as versões Pai Natal/Menino Jesus. Daí até me convencer decisivamente de que eram os meus pais a comprar as prendas, foi um ápice.

6 comentários:

Unknown disse...

eu nunca acreditei, mas os meus pais nunca me fizeram acreditar muito. fixe, foi desmistificar a coisa a todos os meus colegas do infantario e da primaria!

ehehe, mauzinho que fui...

Freddy disse...

Nós era mais menino Jesus...E sempre com um cagaço de morte do carvão no sapatinho!

Beijitos da Zona Franca

Miguel disse...

Menino Jesus! Nunca fui na história do gordo. E se ele entrasse mesmo, a lareira estava acesa.

fernando lucas disse...

??? o K? o pai natal não existe??? e que é esse tal puto Jesus??.
só falta dizerem que cegonha não vem de paris, mas sim de do bairro alto...

Rit@ disse...

Não posso acreditar! O exaustor também foi o fim de todas as minhas ilusões. Lembro-me de ter 4 anos, acordar no dia 25 e o meu pai me levar à cozinha, onde uma boneca me aguardava em cima do fogão.
O pobre do meu pai disse-me que o pai natal a tinha deixado ali, que tinha descido a chaminé de propósito.
Ao que eu, muito desiludida, respondi:
Isso não pode ser verdade.Um homem tão gordo não passa pelas frestas do exaustor.

Ana disse...

Curiosamente...não me lembro como deixei de acreditar ou se alguma vez acreditei...lembro-me vagamente que se falava em ambos (pai natal e menino jesus)...mas, nen sei! Acho que era mais o menino porque o natal era em casa da minha avó e aquela chaminé em cima do fogão...hmm...o homem caía mesmo em cima dos tachos :p