31/08/2006

Se há coisa que me irrita…

…é quando me fazem perguntas cujas respostas eu sei, mas também estou careca de saber que quem fez a pergunta sabe. Ou quando a resposta é tão óbvia, que só o facto de se colocar a pergunta é um bocadinho mau – não, não é grave perguntar, mas é grave utilizar a pergunta em exagero e por sistema, demonstrando que não pensámos nem um bocadinho antes de a fazer.

É que todos fazemos perguntas estúpidas, daquelas que mal acabámos de fazer a pergunta, percebemos que foi estúpida e injustificada. Mas a maior parte de nós não faz 478,3 perguntas estúpidas por dia. Ainda mais grave, quando devíamos e
temos de saber a resposta, e mesmo assim optamos por perguntar. É muito mais fácil ser preguiçoso; mas também se torna muito mais fácil cair no ridículo e passar por insuportável. E eu para pessoas insuportáveis, tenho muitas respostas...mas a maior parte são tortas. E agora pergunto-me eu a mim própria: será melhor responder a tudo e ir a correr explicar qualquer coisa as vezes que forem precisas, ou dar algumas respostas tortas e passar por menos prestável e até por antipática, mas fazer com que a pessoa consiga encontrar as respostas sozinha?

Aprendi a não esperar que os outros me respondam a tudo; talvez por isso, espere a mesma atitude e não tolere a preguicite aguda. É que tudo tem limites, e os limites da minha tolerância a perguntas estúpidas, confesso, são bastante baixos.

30/08/2006

Liberta o meteorologista que há em ti!


O meteorologista que há em nós é impossível de não libertar. Todos temos um, mais ou menos rigoroso, que libertamos constantemente em conversas de ocasião, tempos mortos, onde quer que seja. Sim, é que praticamente todas as nossas conversas têm uma forte componente meteorológica; seja mascarada de frase banal - com este calor foi difícil trabalhar - ou apregoando aos sete ventos o que lemos/ouvimos dizer - hoje davam 32 graus. Isto se a meteorologia em si não se tornar o próprio motivo de conversa, rendendo horas e horas de opiniões, previsões, dados factuais e acesos, interessantes debates, para além de uma dose q.b. de queixumes e lamúrias ou alegria inspirados pelo tempo que faz.

Dentro da categoria dos meteorologistas de meia tigela, na qual 98,6% da população portuguesa se insere, existem diversos tipos.

a) Meteorologista corporal: tem um reloginho nalguma parte do corpo, normalmente uma articulação problemática, que lhe permite prever com relativa exactidão o tempo que vai estar consoante o estado dessa articulação. Admite argumentação, mas fica sempre com a pulga atrás da orelha porque o reloginho raramente falha;

b) Meteorologista etário (ME): a idade, neste caso é um posto. Os MEs possuem toda uma experiência no campo, aliando normalmente o método empírico de avaliação ao reloginho e à leitura/audição atenta de todas as previsões, bem como recorrendo à troca de impressões com outros MEs. Os embates entre vários MEs rivais são extremamente violentos e culminam geralmente em zangas vitalícias ou que duram enquanto houver memória para as lembrar;

c) Meteorologista gregário (MG): o meteorologista do diz que. Diz que vai estar calor, diz que vai chover, diz que…não se sabendo muito bem quem disse nem se alguém realmente o disse. Os embates entre vários MGs podem ser de estalo, pois nem todos temos as mesmas fontes: e se diz que vai chover num lado, pode muito bem dizer que vai estar de sol noutro. Outra expressão muito utilizada pelos MGs é “amanhã dão chuva” - atribuindo a previsão a uma espécie de entidade superior que coisas, de maneira a evitar o confronto. Para além disso, ninguém recusa nada que seja dado. Este é o tipo mais comum de meteorologista de meia tigela;

d) Meteorologista falhado (MF): o meteorologista que não acerta uma. Por mais que tente, avalia sempre mal os dados, ouve mal as previsões e é arrasado por todos os outros meteorologistas. No entanto, manda sempre o seu bitaite.

E vocês, que tipo de meteorologista são? :)

29/08/2006

Estratégias ou falta delas

Se há pessoas que pecam por excesso de estratégias, estratagemas e planos por vezes mirabolantes para conseguirem o que querem, outras há que parecem não ter estratégia nenhuma a não ser...deixarem-se estar e deixarem-se ir. Ora bem, essa até pode ser considerada uma estratégia de passividade absoluta; mas convenhamos, na maior parte dos casos, não nos leva a lado nenhum. Muito menos, a um lado para onde queiramos realmente ir!

28/08/2006

Falta UMA semana!


Para as férias, pois claro. Que este ano, são divididas em duas partes, por vários motivos que não são para aqui chamados. E a primeira parte é já para a semana - ó pra mim a rejubilar de contentamento!

Boa semana para todos! A minha vai ser bastante preenchida, a ver se passa um bocadinho mais depressa ;)

25/08/2006

Santa paciência!

Vinha eu muito charmosa e bem disposta para o escritório, o dia não está feiote e é sexta-feira, esse grande dia da semana em que todos estamos algo cansados, mas bem humorados pelo fim-de-semana que se avizinha a passos largos. Eis senão quando...o drama, o horror! A minha rica plantinha do coração, cabisbaixa, triste...sabotada, sacrificada, atacada, ultra-regada! A senhora da limpeza insana voltou a fazer das dela! E se a planta em questão até estava a recuperar da última tentativa de vil assassinato, voltou a regredir, tal foi a quantidade de água que a dita senhora utilizou para a regar hoje de manhã. Note-se que eu a reguei ontem ao fim da tarde - ou seja, a planta precisava de quase tudo, menos de água.

Isto não fica assim, ai não fica não, senhora da limpeza. Eu e a plantinha vamos levar a melhor. Olé, se vamos.

24/08/2006

Informação fascinante

A minha mini-cesta de piquenique em vime, vinda há alguns anos da Madeira, tem finalmente uma utilidade. Como o preço das cestas de piquenique de tamanho real era exorbitante (e embora eu seja uma entusiasta [contida] de cestos e cestas e malas e malinhas e caixinhas e embalagens em geral, achei que os olhinhos da cara me iam fazer falta para outras coisas), trouxe uma réplica mais pequena. Escusado será dizer que a mini-cesta nunca fez jus ao nome completo, pois nunca serviu realmente para um piquenique. Durante anos, aguardou, silenciosa, paciente e formosa como só uma mini-cesta pode ser. Pois agora adquiriu uma nova vida ao transformar-se na mini-cesta de manicure e afins. Ou de como uma mudançazinha de ponto de vista pode fazer toda a diferença ;)

Sim, estamos em Agosto!

Je passe à la caixa!*

*Frase ouvida numa loja de uma grande superfície comercial, vinda de uma jovem com seguramente mais de 27 peças de roupa na mão.

23/08/2006

Porque EU é que sou...

...o presidente da junta! :)

Todos temos tendência a fazer comparações. Entre pessoas, objectos, situações, condições, estados, etc. Considero isso normal - desde que não atinja proporções obsessivas.


No entanto, há aquelas pessoas que têm necessidade de estar sempre mais alguma coisa. Seja isso sinónimo de estar melhor ou pior, ser maior ou muito mais pequeno, ter muito mais ou muito menos de algo. Ou seja, essas pessoas ouvem um determinado relato e depois acrescentam o mas EU... Ao mas eu, segue-se inevitavelmente uma narração do quão mais (in)felizes, mais ricas/pobres, mais azaradas/sortudas estão ou são, sempre mais qualquer coisa. Uma situação nunca é suficiente boa ou má nos outros, porque eles estão sempre muito melhor ou infinitamente pior, e ai de quem discorde. Há sempre um mas EU seguinte.

Não sei se esperam compaixão, bajulação, admiração. De mim, só levam irritação; não porque me irritem propriamente os mas EUS, mas porque prezo quem sabe quando deve ouvir, falar e quando é mesmo melhor estar calado: ou seja, as várias dimensões da conversação saudável.

22/08/2006

Das burocracias

Pior que as burocracias que somos obrigados a cumprir, é o PREÇO exorbitante das burocracias que somos obrigados a cumprir. Já não bastava serem *obrigatórias* e *aborrecidas* de cumprir, ainda custam os olhinhos da cara. Ficamos, portanto, a sentir-nos bem melhor e bem mais leves [devido ao peso da carteira, que diminui drasticamente]. Obrigadinha, sim, senhores responsáveis que estabelecem os preços? Obrigadinha! Pelo menos apliquem decentemente os balúrdios que gastamos só em papelada, sim? Agradecida.

21/08/2006

A baixa em alta

Gosto das baixas das cidades quando nos contam histórias. Quando nos fazem viajar no tempo. Quando nos surpreendem. Quando está tudo ao alcance dos pés - por mais que até se tenha de subir. Quando os edifícios transmitem segurança, por mais insegura que até seja a área. É pena que se abandonem as baixas das cidades, é pena que poucos queiram lá viver ou trabalhar ou ir passear. Pena que se deixem edifícios ao abandono, ruas ao abandono, locais entregues a pombos.

Para mim, a baixa sempre foi sinónimo de lazer. Ia lá quando era pequena passear com o meu avô e primo, fui lá desde sempre ter com o meu pai ao trabalho. As compras eram sempre feitas na baixa. O cinema era na baixa.

Há quem arrisque e lá viva ou trabalhe ou tente a sua sorte em negócios mais ou menos inovadores. Este foi um fim-de-semana de baixa: gelados novos em folha numa praça centenária, comida turca num restaurante de ambiente realmente impressionante, passeios por lojas sem fim e visita ao novo atelier de amigos. Ou de como a vida pode ser cor-de-rosa mesmo que o resto seja maioritariamente cinzento ;)

Boa semana!

18/08/2006

As perguntas, as respostas e eu*

Sempre fui de fazer bastantes perguntas. A mim própria, claro, e aos outros, inevitavelmente. No fundo, andamos todos à procura de respostas. Mas mais do que andar à procura das respostas certas, devíamos procurar a ou as perguntas certas. Aquelas que depois de formuladas, nos dão a resposta - como uma luva que encaixa perfeitamente na nossa mão.

Há perguntas para as quais já temos a resposta sem sequer termos de perguntar. Há respostas que vamos encontrando sem perguntas e perguntas que ficam sem resposta.
E há perguntas para as quais não queremos respostas.

*Sim, mais um post semi-existencial. Deve ser da chuva :)

17/08/2006

Pessoas+pessoas

As aproximações e os afastamentos são naturais entre as pessoas e especialmente nas relações de amizade. Há pessoas das quais por instinto, afinidade ou circunstâncias, nos aproximamos. Outras, de quem nos afastamos naturalmente (pior: voluntariamente, por nossa ou por vontade alheia). Outras, de quem nunca pensávamos aproximar-nos e que acabam por ser as mais próximas. Outras há que mesmo que nos afastemos delas, nunca deixamos de as ter próximas. E pessoas próximas que de repente se afastam e deixamos de as conseguir reaproximar. Pessoas próximas que estão afastadas e vice-versa. Reaproximações inesperadas. Reaproximações muito esperadas. Afastamentos quase imperceptíveis, mas mais ou menos irreversíveis.

Complicado, isto das proximidades e das distâncias. A vida e o tempo pregam-nos mesmo muitas partidas. São eles que ditam quem se aproxima e quem se afasta; muito mais do que nós.

16/08/2006

A vida num elevador II

Após efectuar uma análise olfactiva recente aos utilizadores dos elevadores do meu local de trabalho, tenho igualmente de referir uma das características que mais se destaca nos seus utilizadores: o cavalheirismo. Mais novos ou mais velhos, quase todos fazem questão de defender essa velha tradição de boa educação.

Vivemos numa época em que a maioria das pessoas já não espera o cavalheirismo e já não o considera indispensável. Até me mudar para um escritório num edifício com muito mais gente, nunca tinha reparado que o cavalheirismo ainda tinha tanta expressão, muito provavelmente porque nos locais cujos frequentadores são da minha idade ou de idades próximas da minha, já é considerado normal não ser cavalheiro, e até se considera obsoleto sê-lo.

Eu mudei ligeiramente o meu ponto de vista: se dantes quase não reparava que existia, agora reparo quando não existe. Bom, isto também pode ser um sinal de que estou a ficar velhinha. Mas um bocadito de cortesia nunca fez mal a ninguém, e porque não mantê-la? O gajedo agradece e até não desgosta!

14/08/2006

Têvê

Passo bem sem televisão. Já vivi vários meses sem ter TV, sobrevivi e aprendi a dispensá-la ainda mais. Mas há uma coisa que é capaz de me viciar na têvê. Não a informação - à qual prefiro aceder por outras vias, não as telenovelas - que já não sigo há anos, não os documentários - que regra geral, vejo se me interessarem mesmo muito, mas sim....as séries.

A propósito deste post da minha querida Nocas, que relembra as séries do passado, decidi confessar que sempre me viciei facilmente em séries. Quando via mais televisão, era por seguir inúmeras séries. Via tudo e mais alguma coisa, todas as séries que apanhasse a jeito. Hoje em dia, é muito mais difícil viciar-me numa série; ou os horários são uma rebaldaria total, ou são impossíveis, ou...bem, sou mais selectiva e tenho menos tempo. Resumindo: sigo duas séries. Esta e esta. A melhor invenção para os fãs de séries? Os DVDs com a compilação dos episódios. É que não há melhor. No caso da primeira série na qual estou viciada, apanho secas imensas para a ver na TV.


Mas este dêvêdêzinho que me ofereceram no aniversário...











...permite-me ver o Lost às horas que bem me apetecer. E permite-me também não ter de esperar pela semana seguinte para ver o desenrolar da acção - esta parte agrada-me particularmente. Vivam os DVDs das séries!

Em estudo, a aquisição do DVD II desta mesma série.

Boa semana!

11/08/2006

Das experiências

Há 5 anos - sim, já lá vão 5 anos e só hoje, quando ouvi que uma infeliz data próxima ia ser “comemorada” em breve, é que me dei conta de que já tinha passado tanto tempo - começava a acelerar os preparativos para os meses que ia viver no estrangeiro. Era algo que achava que tinha de experienciar: estar longe daqui, longe das pessoas de quem tanto gostava e gosto. Foi uma época valiosa, porque em poucas situações se avaliam e testam tão bem os nossos limites, as nossas incertezas e a nossa capacidade de adaptação como quando estamos relativamente sozinhos. Relativamente, porque fui com amigas; totalmente sozinha, não teria ido, confesso, mas também confesso que me senti sozinha muitas vezes - é inevitável, há demasiadas pessoas e coisas que nos fazem falta. Mas adiante.

Das recordações mais vivas que tenho dessa altura é que o primeiro dia e a primeira noite foram horríveis. Muita coisa correu mal assim que chegámos: o alojamento estava mal atribuído, passámos horas numa fila enorme à espera para o alterar e a burocracia era imensa (nada a que não estejamos habituados por cá…). Chegada finalmente ao local onde ia viver durante meses, foi a desilusão quase total. O quarto era minúsculo e não estava propriamente limpo nem era minimamente confortável, a mobília era horrorosa e as restantes instalações da casa deixavam bastante a desejar a muitos níveis. Bem, o primeiro impacto foi mesmo o pior possível. A primeira noite que lá passei foi a cereja em cima do bolo: muito mal dormida, com recriminações por ter decidido ir e tudo em mim a dizer-me para voltar.

Felizmente, nenhum momento da estadia foi tão mau como estes primeiros. Acabei por (ter de) me adaptar à situação o melhor possível e aprender a ver as coisas com outros olhos. Foi um desafio pessoal, eu contra mim própria, que me trouxe muitos outros desafios que consegui ultrapassar e que me fez viver tanta coisa, boa e menos boa. Aprendi muito. E aprendi que há experiências que temos mesmo de nos obrigar a ter, por nós próprios. Porque também aprendemos connosco.

10/08/2006

Da sauna

Sei que é um hábito saudável e tradição considerada em alguns países e culturas. Fiz sauna algumas vezes num ginásio que frequentei, mas confesso que não gostei assim muito, embora tivesse a vantagem de poder ficar só o tempo que me apetecesse e tomar uma revigorante banhoca de seguida.

O problema é que se nessa altura fazia sauna opcionalmente, agora faço-a obrigatoriamente.

É que as diferenças entre o meu local de trabalho e uma sauna são poucas ou nenhumas nestes dias de calor. Com a agravante de que...não posso ir embora quando quero. Nem tomar banho. Nem conversar com mais gente enrolada em toalhas.

Por outro lado, faço parte dos poucos privilegiados com um local de trabalho multifuncional.

...

Que é que querem, há que ver as coisas pelo lado positivo ;)

09/08/2006

Roubar não é bonito, não

Por adrenalina, por necessidade, por doença, por preguiça, simplesmente por capricho ou nos chamados momentos de insanidade temporária, há muito quem roube. Felizmente, vou buscar adrenalina a outras actividades, não sou doente, admito que sou preguiçosa - mas não para trabalhar e pagar o que consumo, e os meus caprichos não passam por querer à viva força ter algo que não posso comprar (claro que quero coisas que sei que não posso comprar, mas a esmagadora maioria delas não pode ser roubada e mesmo que pudesse, não as roubaria por manifesta incapacidade, alguma vergonha na cara e por milhentas outras razões que não vou perder tempo a enumerar). Nos momentos de insanidade temporária que todos temos, dedico-me geralmente a limpezas impossíveis, tenho atitudes que não teria normalmente ou consumo uma grande quantidade de alguma coisa; em nenhum desses momentos me deu vontade de arriscar um roubo.

Vem isto a propósito de ter assistido ontem a uma tentativa de roubo num supermercado. Munida de um enorme saco de praia, a senhora em questão - com os seus trinta e poucos anos, bom aspecto e ar relativamente inocente - tentou rapinar duas ENORMES caixas de camarão da costa congelado (!!), uma garrafa de whisky com direito a copo de brinde, uma embalagem familiar de frutos secos e um desodorizante XL. Obviamente, foi apanhada, negou até não poder mais e acabou na vergonha, com 90% dos frequentadores do supermercado a olharem de soslaio no habitual sururu que caracteriza os momentos de insanidade temporária públicos e que envolvem actividades ilegais.

Quem se sentiu roubada a seguir fui eu, no momento de pagar as compras. Mas esse roubo, ao contrário dos outros, é legal :)

08/08/2006

Pó!

O pó é uma palavra muito pequena que designa uma coisa muito complicada. Quem inventou a palavra para o não sabia o que fazia. É uma palavra desajustada, e até fôfinha e queridinha demais, com um significado que pode atingir proporções inimagináveis. Ainda por cima, tudo GANHA pó, como se a substância fosse uma vitória atingida por todos os objectos e coisas e loisas deste mundo. Horas e horas de limpezas infrutíferas, quais batalhas atrás de batalhas, atrás de mais batalhas que nunca parecem ter fim à vista: o pó ganha sempre! Assim não vale!

07/08/2006

Nos dias como hoje

Já não se procura um lugar ao sol. Procura-se um lugar à sombra...

Sinal da mudança do(s) tempo(s)?

Boa semana!

04/08/2006

Bichinhos carpinteiros

Dizem que os tenho e porque não admiti-lo, tenho-os mesmo, e muito possivelmente numa concentração elevadíssima para alguém do meu tamanho. E por acaso alguém sabe como acalmar os ditos bichinhos? É que todo este labor de carpintaria dá cabo de mim, e uma vez que é particularmente propenso a picos de actividade à sexta-feira à tarde, a coisa não está fácil :)

Bom fim-de-semana!

03/08/2006

Grandes progressos II

A minha relação com as máquinas de lavar roupa é de amor/ódio. De amor, porque evidentemente elas poupam muito trabalho, e de ódio, porque regra geral, são bastante difíceis de compreender e utilizar sem recorrer a volumosos compêndios ou…ao perito mais próximo (mãe, pai, avó, etc.).

Recentemente, alguém chegou à brilhante conclusão de que não era preciso que as máquinas de lavar se parecessem com naves espaciais cravejadas de botões, visores, luzinhas coloridas que piscam e opções que nunca mais acabam para desempenharem a sua principal função: lavar. Quando a máquina de lavar roupa anterior lá de casa avariou, eu rejubilei secretamente, pois foi com aquela máquina que a) tingi inúmeras peças de roupa de uma interessante tonalidade algures entre o cor-de-rosa e a cor-de-burro-quando-foge; b) a lavagem parou a meio e a roupa ficou horas e horas a marinar porque pelos vistos EU tinha de decidir o que a máquina iria fazer a seguir, sendo que algumas peças nunca mais recuperaram totalmente do choque aquoso; e por fim, c) ocorreu uma avaria irreparável antes da máquina esvaziar a água e o detergente - horas e horas de puro deleite a preparar a roupa para o processo de secagem. Aliás, eu não rejubilei secretamente: fiz a dança da chuva no telhado, preparei um banquete festivo de comemoração para 786 convivas e mandei imprimir 7 000 panfletos para assinalar a efeméride. Pronto, estou a exagerar ligeiramente, mas se comemorasse a minha alegria publicamente, teria sido assim.

Com a nova máquina de lavar, a vida é boa (ah pois, uma publicidadezinha extremamente subliminar!). Três botõezinhos apenas e ela decide tudo, lava, faz lá as coisas que todas as máquinas de lavar roupa fazem e ainda avisa quando acabou, e até dá para programar tudo para a roupa estar pronta quando eu chegar a casa. Só lhe falta falar e preparar sumos naturais! Obrigadinha, senhores que desenvolvem interfaces de máquinas de lavar roupa para azelhas e preguiçosos deste mundo. Muito agradecida.

02/08/2006

Grandes progressos I

Já vos tinha contado que a minha plantinha do coração, menina dos meus olhos aqui do escritório, foi severamente atacada por uma dose massiva de água. Desde então, ela tem estado na UCIB (Unidade de Cuidados Intensivos Botânicos) aqui do local (vulgo canto estratégico da minha secretária) a recuperar dessa tentativa de assassinato, impiedosamente praticada pela pérfida e insana senhora da limpeza. Está a recuperar a olhos vistos, lenta, mas vigorosamente. As folhinhas já estão a ficar com um ar fôfinho e viçoso. Quer-me parecer que afinal sempre tenho uma costelinha de jardinagem. É de família, é de família. Pena que quando a família vai arejar, sobra para quem fica...centenas de vasos à minha mercê. O mundo vegetal que trema: ou é a hecatombe, ou a glória. A ver vamos, a ver vamos :)

No news is good news?

Certo. Eu prefiro receber as notícias em vez de presumir que está tudo bem porque não as há.

01/08/2006

Alguém pediu um choque tecnológico?

Eu não fui. Mas o Sr. CêTê é um porreiraço e oferece-se gratuitamente! E não há nada como um bom choquezinho tecnológico para alegrar a vida laboral. Ou para a aniquilar completamente. Não que isso esteja a acontecer por aqui, claro que não, desenganem-se. E agora vou só ali olhar para as paredes durante mais umas horas e já volto, OK? Olhar para as paredes é uma actividade estimulante, que fomenta a criatividade e a alegria laborais, para além de nos permitir reflectir connosco próprios. Ó pra mim radiante, ó.