30/12/2005

Tempo

Para dormir mais. Para descansar os olhos, as costas, os braços do computador de todos os dias. Para fazer arrumações e ordenar coisas. Para comprar o que tenho de comprar há montes de tempo sem tempo limite para escolher. Para não fazer nada porque posso e quero. Para ver os ritmos da cidade com a calma de não ter horas. Para pôr as leituras em dia. Para estar sem ter de estar. Para estar só com quem quero estar.

Não, não são resoluções de ano novo. São projectos de mini-férias.

O Errortográfico volta na segunda semana de 2006. Não sem antes vos desejar boas entradas. Desejar que o vosso novo ano seja sinónimo de mais tempo para aqueles e aquilo de que gostam :) E que vos traga boas surpresas e algumas mudanças necessárias.

Eu cá já tenho um dos acessórios indispensáveis dos tempos livres: a minha mantinha nova, uma prenda vinda directamente ali da neve do sistema montanhoso Montejunto/Estrela. E digam lá se esta velhinha simpática do embrulho não é a minha cara? Volto já ;)


Já com saudades, a vossa

Izzoldinha

29/12/2005

Das imitações

Retomando o tema cinzento que despoleta o dizer coisas de que não gosto: não gosto de imitações. Algo que inclui desde o suposto supra-sumo português da imitação (sim, aquele homem que está cada vez mais horroroso e que se nunca imitou propriamente bem, agora está pior do que nunca e com aquele ar ‘porque eu até sou jovem’; desculpem-me os eventuais fãs do senhor e desculpe-me o senhor também), até às pessoas que passam a vida ou grande parte dela a imitar (sem saber muito bem porquê, só pelo acto em si).

Imitar é inevitável, sim; aprendemos muita coisa por imitação, pelo modelo/exemplo. Mas neste caso, refiro-me àquelas pessoas que imitam outras por sistema; se a pessoa A diz que gosta disto ou daquilo, a pessoa B irá começar a gostar rapidamente disso. Se A diz que fez isto ou aquilo, B irá fazê-lo, mesmo que não seja nada o seu género. E assim sucessivamente, muitas e muitas vezes. É irritante. Pronto, já disse.

Do cinzento*

Acho que os dias cinzentos nos fazem querer falar de coisas que não gostamos.
Por isso: odeio passas, sultanas e afins. Uvas ressequidas em geral. Pronto, já está.

*Gosto do cinzento desde que não seja nos dias e nas pessoas.

28/12/2005

#4

Dias para:

idealizar
v. tr.,
dar carácter ideal a;
imaginar;
criar na mente;
fantasiar;
planear.

Sem idealizar demasiado.
Porque desde que a companhia seja boa, os momentos são ideais por definição :)

Flores partidas


Broken Flowers, de Jim Jarmusch

Um filme de silêncios, de viagens interiores e físicas; melancólico, algo escuro, de solidão, de procura e de encontros ou desencontros. De pormenores subtis. De surpresas estranhas. Que recomendo.

27/12/2005

#5

Dias para:

recomeçar
v. tr.,
começar de novo.*


Sem medos. Porque o mais importante, fica sempre guardado.

*Daqui.

Natal? Já era :)

Pois. Demoramos muito mais tempo a prepará-lo do que a vivê-lo.
Portanto, já passou.

O meu foi bom. Familiar. Calmo, aconchegante.
E com as palavras que são precisas ;)

23/12/2005

E agora, para algo completamente diferente...*


Entre sorrisos, doses massivas de açúcar, quantidades industriais de canela e azeite, prendas que agradam ou desagradam, confortos e desconfortos, agradecimentos, enfartamentos, exageros, luzes e fitas e árvores e presépios, dietas, neve ou ausência dela, (im)perfeições e (re)nascimentos, tenham um bom Natal!

*O primeiro Natal aqui do errortográfico ;)

Eu e o Agente Pingú ali da Zona Franca, algures num café do Porto com vista para o rio.
Porquê? Está aqui :)

De manhã cedo isto dá que pensar

Algures num poster de circo deste país, lê-se:

"CIRCO [XPTO]
Junto ao Elefante Azul"

22/12/2005

Natal da minha vida IV

*
Há momentos assim, de espera. E a espera é boa quando é por um bom motivo, por uma coisa boa. Ou por muitas coisas boas. Está quase! :)

*www.muttscomics.com

21/12/2005

Natal da minha vida III

Ou de como o drama de não se receber a prenda que se quer pode traumatizar irreversivelmente uma pessoa.

Raramente fiz listas de prendas por escrito. Aliás, acho que me lembro de escrever uma carta ao Pai Natal, mas como a correspondência desejos/prendas foi nula, devo ter decidido que não era uma tarefa frutífera. O que fiz algumas vezes foi mostrar que gostava de alguma coisa. Pronto, mostrar muito e muitas vezes que gostava mesmo de alguma coisa! Os resultados foram variáveis.

Para me expurgar dos meus males e pesadelos de infância, decidi fazer aqui uma mini-lista de prendas que queria muito e nunca tive...snif, snif! [Bem, na realidade, neste momento só me lembro de duas prendas que queria mesmo muito.] É um momento de grande solenidade, este.


1) O Tragabolas! Não me lembro de querer tanto um jogo como este. Não sei porquê que o achava tão fascinante, mas o certo é que suspirei pelo jogo. Desejei-o. Nunca o recebi. E lembro-me de insistir vários anos sem sucesso.


2) A cozinha da Barbie. Só tive uma boneca Barbie em toda a minha vida. A minha mãe odiava a boneca, portanto não tive grande sorte para fazer a grande colecção de Barbies com que toda a moça sonhava. Mas o que eu queria mesmo era a cozinha da senhora, totalmente equipada com tudo e mais alguma coisa. Insisti bastante, sem resultados.

E é isto, que me lembre. Secalhar foi por estas coisas traumáticas e desejos não correspondidos que fiquei a gostar mais de prendas-surpresa.

É Natal, é Natal...


Até estas verificações andam natalícias!
"Qouvies" é nada mais, nada menos do que "couves" em português do Brasil.
Estes gajos do Blogger pensam em tudo!

Foi a Guida pá, foi a Guida!

Vocês não imaginam. É que vocês não imaginam a quantidade de gente que veio aqui parar ao erro à espera de uma revelação bombástica. Tudo por causa do senhor que não vou voltar a referir e que "morreu" numa novela, que eu calhei de mencionar num post*. Aqui o errortográfico ultrapassou limites que eu não quero que sejam ultrapassados. Portanto, advirto-vos desde já que qualquer semelhança deste blog com a vida real, é pura coincidência ;)

*Atente-se especialmente ao último comentário de um anónimo, escrito numa língua vagamente semelhante ao português. Memorável. Ah! E o meu pai adivinhou há muito tempo quem era o assassino!

20/12/2005

Natal da minha vida II

Ou de como a pergunta "o que é que comes" pode ser mais ouvida do que os votos festivos.
Todo o ano, muitas vezes; e muito, muito, muito mais vezes no Natal.

A uma pessoa vegetariana - o meu caso, para quem ainda não tinha percebido e/ou não me conhece de lado nenhum - esta pergunta é colocada até ao expoente da loucura. E não me refiro às vezes em que é colocada por genuíno interesse ou curiosidade, pois dessas vezes, tenho todo o prazer e gosto em responder [ :) ], mas sim àquelas vezes em que é colocada com outros fins. Para a seguir eu ter de ouvir enaltecer a boa carninha, o bom peixinho, a excelente tradição culinária portuguesa e tudo o mais. Argumentos estafados [e inválidos, acrescente-se] sobre proteínas ou ferro ou falta de coisas essenciais à saúde. Bocas do género "ah e tal, mas as coisas vegetarianas não sabem todas a relva", ou "ah, mas um bom chouricinho, não comias", "mas comes fiambre? Presunto? Delícias do mar? Atum? E marisco?", "mas comes só arroz e batata?!", "não tens saudades de um bom bife", "isso sabe a alguma coisa", "isso não sabe tudo ao mesmo". Podia estar aqui o dia todo.

E ai de mim que responda a provocações - às vezes, muito mal-educadas/intencionadas - com má cara, sem esgrimir toda uma série de justificações coesas e convincentes ou mostrar um vasto leque de receitas interessantes. Ai de mim que não esteja para aí virada e não me apeteça explicar nada. Ai de mim que não me ria das piaditas (que por acaso, só por acaso, são basicamente sempre as mesmas). Além de ser a "esquisita", até tenho humor e vontade própria, imagine-se! Que mal-dispostinhos e chatos são estes vegetarianos. Já não bastava terem a mania que são diferentes!

Já ouvi de tudo, mas até hoje, pouca gente pensou logo no facto de eu ser vegetariana por gosto. E gostos, meus amigos, não se questionam nem discutem. Aceitam-se. Por mais que custe a muita gente (grande parte da minha família incluída, onde há alguns dos maiores anti-vegetarianos que já vi), eu quero, prefiro e vou continuar a comer o que bem me apetece. E se o que me apetece não inclui o dito 'normal' - que já comi durante duas décadas, duas, e que posso voltar a comer quando quiser - e eu não tento convencer ninguém, já estava na altura de aceitarem a coisa com normalidade. Ou de simplesmente, aceitarem a coisa. Tal como eu aceito que muita gente não goste do que eu gosto.

E eu, eu até sou mais bolos. Doces! Que felizmente, não faltam no Natal. Quando até os sonhos são comestíveis ;)

19/12/2005

Erros não necessariamente errados

Miúda de 6 anos - muitíssimo desdentada - corre pelo escritório, enquanto canta muito alto:

We wish you a merry Christmas
We wish you a merry Christmas
We wish you a merry Christmas
And a happy new YOU!

Há mesmo erros que vêm por bem.
E que não vale a pena corrigir :)

Secalhar está tudo na capacidade de nos sabermos corrigir a nós próprios.
De nos sabermos renovar. Sem medo dos erros.

Natal da minha vida

Ou de como cedo descobri que a história do Pai Natal vir pela chaminé não poderia concretizar-se na primeira casa em que me lembro de viver o Natal: tínhamos exaustor.

Lembro-me de querer à viva força acreditar que ele passava pela frincha entre o exaustor e a parede. Mas quanto mais pensava no mito, mais me convencia da realidade nua e crua: ele era gordo. Logo, teria de entrar por outro lado.

Não sei em que momento o mito terá caído por terra, mas lembro-me vivamente de até querer acreditar nele. A tecnologia não deixou.

A história do Menino Jesus já me parecia mais plausível. A pessoa portava-se bem e as prendas apareciam. Simples. Mas achava estranho as prendas só aparecerem depois de os meus pais acordarem no dia 25.

Lembro-me de uma altura semi-obscura na minha mente em que tentei coordenar ambas as versões Pai Natal/Menino Jesus. Daí até me convencer decisivamente de que eram os meus pais a comprar as prendas, foi um ápice.

O que é que comes

no Natal?*

*Como é uma pergunta que me fazem muitas vezes, aqui no erro vou ser eu a primeirinha a perguntar ;)

16/12/2005

Primeiros dias do resto da nossa vida

O dia em que passamos a ser irmãos.
Porque passamos a viver os nossos primeiros dias e os primeiros dias de quem nasce.
Hoje é um desses primeiros dias da minha irmã. Que ainda há tão pouco tempo andava a dar cabo da sintonia da televisão. A gostar de areia nas mãos. A cruzar os braços como quem não sabe, mas quer mostar amuo.

O primeiro dia de trabalho. Primeiros dias que não se esquecem.

Scoperte III

Nova descoberta, desta vez relacionada com gastronomia. Jantar de Natal da turma de italiano num....restaurante italiano :) Quase literalmente debaixo da ponte da Arrábida - no Porto, pois. Disse-me a recepcionista que existia também em Lisboa. Chama-se Casa d'Oro* e é uma pizzaria no andar de cima e um restaurante italiano no andar de baixo. Com uma vista de cortar a respiração e comida daquelas de comer bastante e chorar por ainda mais.

Mas a melhor parte foi mesmo o início. Aperitivo da casa: martini com manjericão. Ora para quem já é grande apreciador das duas coisas (o meu caso), esta combinação só podia ser um sucesso :) Recomendo!

*Rua do Ouro, 797 - Porto. Telefone: 226 106 012

15/12/2005

Descobrimentos II



Ou de como as prendas de Natal antecipadas são do melhor que há :)
Só têm a desvantagem de não ter a mística da surpresa.
Ou de ter só um bocadinho. É que este relógio foi adquirido aqui neste site, que descobri recentemente. Para além de descontos em relógios, também tem perfumes, artigos para criança, artigos de colecção (embora todos estes sejam em menor quantidade que os relógios). E um serviço irrepreensível (para além de rápido...encomendei anteontem e hoje tinha o relógio a bater à porta). Passe a boa publicidade.

Dica: se fizerem encomendas até ao dia 19, recebem-nas antes do Natal!
Se ainda têm compras a fazer, é aproveitar ;)

Descobrimentos I

"Governo quer substituir o galo de Barcelos por Jorge Gabriel
Segundo o executivo, o apresentador de televisão é uma representação mais fiel da tradição cultural portuguesa."

Mais aqui, no Imprensa Falsa. Uma boa descoberta de hoje :)

Cala-te

Esta palavra é, seguramente, das piores palavras que se podem dizer a alguém. Não me refiro àqueles “cala-te” a brincar; falo dos “cala-te” a sério, ditos com ar de quem não vai suportar nem mais uma palavra – e que significam que a pessoa que fala atingiu o ponto insuportável.

Quase toda a gente odeia que a mandem calar, porque quando se chega a esse ponto, isso é um golpe fatal para o ego: alguém não nos quer ouvir falar. E nós queremos sempre que nos queiram ouvir.

Portanto, o que fazer quando a única palavra que nos apetece dizer a alguém com quem até podemos não ter grandes confianças é um sincero e sonoro “cala-te”?

Calamo-nos nós e esperamos que a conversa se auto-destrua? Explicamos simpaticamente que temos de fazer qualquer coisa que requer concentração ou que simplesmente temos coisas melhores para fazer? Ignoramos a pessoa? Vamos embora? São soluções possíveis, consoante as situações. Mas não resultam sempre, principalmente quando quem fala adora ouvir-se falar e fala, fala, fala, mesmo que seja em monólogo. E existe ainda o risco de magoarmos quem nos ouve.

Termos de dizer cala-te é um ponto de viragem; ainda bem que não acontece muitas vezes.*

*E esta semana, tenho sorte aqui no escritório - só ouço o que quero ;)

14/12/2005

Vem gi-nas-ti-car!*

Ginasticar?!
É bom ginasticar,
Vamos lá praticar!
Dá mais força ao coração.
Pois então, tens razão!

Para quem não está a ver donde vêm estas rimas: deviam ter visto [mais vezes] a Rua Sésamo.

Uma das casas da minha infância tinha por vizinhança um ginásio. E como a minha mãe decidiu frequentá-lo, lá fui eu de requitó, equipada com um belíssimo fato coleante azul-bebé e collants a condizer. A turma era constituída por muuuuuuitas senhoras da idade da minha mãe e por duas miúdas de mais ou menos seis anos: eu e a minha melhor amiga dos tempos da primária (que felizmente, também costumava usar o seu próprio fato coleante azul às riscas, ficando assim impedida de me gozar até às lágrimas; se bem que nos oitentas, tudo era extremamente relativo em termos de pinderiquice). Das aulas em si, lembro-me de pouco.

Mas desde essa altura que frequento ginásios ou semelhantes, com maior ou menor assiduidade, empenho e resultados.
Conclusão: eles lá na Rua Sésamo sabiam mesmo como fazer passar as mensagens!

*Esta semana está a ter o seu quê de nostalgia!

Previsões de meia tigela

Hoje na rádio, ouvi que muitos sítios que até agora não tinham de ter livro de reclamações, vão passar a tê-lo obrigatoriamente. Entre esses sítios, estão os ginásios.

...

Quer-me parecer que o número de reclamações vai subir em flecha.

13/12/2005

Raispartam o António!

Não sou espectadora assídua de telenovelas há já alguns anos. Desde os tempos em que havia só dois canais portugueses, quando ainda não se falava em televisão por cabo; desde aqueles tempos de infância em que as saídas à noite eram só com autorização. Nessa altura, toda a gente, ou quase toda, devorava “a” novela. Sim, porque só havia uma.

Em casa de uma das minhas avós e da minha tia-avó, corria para o meu lugar favorito da sala por volta da hora de início - geralmente, ao colo de alguém - e só descansava quando ouvia a música da novela. E então cantava muito alto para quem quisesse ouvir: "ai quem me dera meu chorinho, há tanto tempo abandonado..."

Hoje em dia, desabituei-me de seguir telenovelas e vejo muito raramente, quando alguém lá de casa está a ver e eu não me importo de estar a vegetar. Fico insuportável, dizem-me, porque como não vejo, faço imensas perguntas sobre o enredo. Comento muito. Critico os penteados (e aqui, lembro-me da telenovela com nome de sobremesa, vá-se lá saber porquê) e as maquilhagens, sempre semelhantes, sempre impecáveis e algo exageradas, as roupas, a acção. E aqui é que entra....o António.

É que eu realmente já não consigo ouvir falar do António. Mais de metade da novela em questão foi passada a avançar teorias sobre quem terá morto o António. Capas e capas de revistas a anunciar vários assassinos, todas as semanas. Ainda por cima, o desfecho está a ser bem à portuguesa: arrasta-se, arrasta-se, arrasta-se e imaginem que nem sequer se sabe ainda quando vai ser transmitido o episódio final, tal é a guerra de audiências do horário entre os vários canais (já era para ser a semana passada). Isto já não é suspense, senhores, isto é a lama, o lodo. Haja misericórdia! É que paciência, já não há.

Depois não digam... III


...que não sabiam. “Os Encantos de Medeia”, uma co-produção do Teatro de Marionetas do Porto e do Teatro Nacional de S. João, baseada na obra homónima de António José da Silva/“O Judeu”. No Porto, de 3 a 23 de Dezembro. Eu vou hoje :)

Mais informações:
Teatro de Marionetas do Porto

Teatro Nacional de S. João

12/12/2005

Da importância do cabeleireiro II*

E lá fui eu outra vez, decididíssima. Ia cortar pouco e aplicar uns produtos maravilhosamente caros e luxuosos que fazem o cabelo falar de tão viçoso que fica. Empanturrar-me de revistas cor-de-rosa choque. Tentar escapar às conversas sobre novelas e actualidade política. Tentar esquecer o impacto da visita no orçamento mensal.

Objectivos conseguidos com bónus: consegui que me cortassem a quantidade de cabelo ideal. Consegui sobreviver às leituras arroseadas. Escapei às conversas de ocasião devido ao movimento intenso que não deixava parar as mãos e as tesouras e as escovas e o ar a soprar. E o impacto no orçamento, senhores, o impacto. Foi o tal bónus: impacto zero. Paguei nada mais, nada menos do que nicles batatóides. É o que dá, ter uma madrinha que frequenta o mesmo cabeleireiro. Até me esqueci de que não tinha ganho o tal do jogo que cria excêntricos todas as semanas. E lembrei-me de como gosto de prendas de Natal surpresa!

*A parte I esteve
aqui :)

Mais

Queria mais, pode ser?

Não?...

Não faz mal então, que hoje estou bem-disposta :)
Boa semana!

07/12/2005

Bridge

Extra, extra, Errortográfico initiate promising career in civil engineering.
The errors come back before in the monday... or, if to give me for such ;) *
Ali, só podia

*Extra, extra, Errortográfico inicia promissora carreira em engenharia civil.
Os erros voltam na segunda-feira...ou antes, se me der para tal ;)

A curiosidade...

...matou o gato?!

Estes provérbios conseguem ser violentos, de vez em quando. Pobres gatos! Já não lhes bastava levarem com paus por dá cá aquela palha, ainda batem a bota pelo simples facto de serem curiosos. Bem, pelo menos são-no, mas com a classe que caracteriza os felinos :)

[Faça-se aqui a devida homenagem aos meus gatos favoritos, Sêdona Casca, Sr. Guna e Sêdona Pucca, gatos fôfinhos de amigos; sim, porque eu não estou autorizada a ter animais próprios, com grande pena minha :(]

Nas pessoas, se a curiosidade pode ser uma boa característica - por nos fazer querer saber mais, por nos despertar perguntas que não faríamos caso não fôssemos confrontados com determinada coisa, por nos fazer experimentar - também se pode transformar num dos piores vícios/defeitos, e até descambar para a cusquice (entenda-se: a cusquice, que aquela saudável nunca matou ninguém, que se saiba). As fronteiras são ténues.

Mas o nosso humano 'morrer de curiosidade' é mais suave que o dos gatos.
Nós morremos por não saber; eles morrem por tentar.

Aqui há gato...

Depois não digam... II

...que eu não avisei - a sequela.

Depois da Artesanatus 2005 - a feira a que todos vocês da região já foram ou vão com toda a certeza, pois não iam/vão querer perder a oportunidade (têm até dia 11!), e que vale bem a pena a visita porque há lá um pouco de tudo, desde doçaria, passando pelas carteiras giras de que já vos tinha falado (à venda no stand 7 ideias, juntamente com outras coisas giras), muitas cerâmicas e artigos em vidro, artigos de bijuteria e ourivesaria, artesanato regional, etc. - chega agora a Festa da Poesia.


(clicar para ampliar)

É uma boa oportunidade para ver exposições, ouvir poesia ou tão simplesmente ouvir "cuidado Casimiro, cuidado Casimiro, cuidado co'as imitações!" ao vivo e a cores (não reconheceram? Eu canto outra: "hoje soube-me a tanto, hoje soube-me a tanto, hoje soube-me a tanto, hoje soube-me a tanto!" Portanto?).

Fica mais esta sugestão :)

06/12/2005

O ar engana

Eu sei, ou pelo menos acho, que as relações humanas se devem basear em pressupostos de sinceridade e honestidade. Mas antes de dizerem a alguém (especialmente de manhã, mas não ) que está com um ar cansado, esgotado, com olheiras até ao Brasil ou com ar de quem dormiu pouco, pensem em que medida é que isso vai contribuir para alguma coisa.

É que até pode ser sincero, pode ser dito de forma corriqueira ou com a melhor das intenções. Mas na maior parte dos casos, ou vão acertar num dia em que a pessoa até está óptima, mas vai ficar a matutar no motivo do comentário (e eventualmente, piorar); ou vão acertar precisamente num dia que já estava a ser mau ou começou mal. E que não vai melhorar com o comentário.

Existirão mesmo sinceridades dispensáveis? E até que ponto é que a sinceridade é sempre o ideal? Quem nunca disse uma mentirinha piedosa que atire a primeira pedra ;)

05/12/2005

Não polaroids*

Corrida de brincadeira que termina em queda com testa de encontro a esquina afiada de mesa de vidro. Chinelos vermelhos no carro a caminho do hospital em pés que não chegam ao chão e baloiçam no ar. Calma. Só dois pontinhos. Não doeu nada. Mas marcou, até hoje.

Foi a grande queda da minha infância.

*Porque de muitas coisas, não há registo fotográfico físico :)

E quando...

...não se consegue parar de falar, pela noite adentro?

O resultado é, normalmente, uma dose descomunal de soneira.

Ou olheiras. Ou ambos.

Mas há coisas para que nunca, nunca estamos cansados.
Ou de como as palavras também descansam :)

02/12/2005

Porque é que... II

...é tão difícil para algumas pessoas acertar na quantidade certa de perfumes e produtos desodorizantes em geral?

Não usar nada poderá gerar odores cavalares bastante incomodativos.
Usar demasiado poderá provocar graves crises de tosse em quem se cruzar connosco.
Usar ultra-super-mega-hiper-maxi golfadas poderá ter efeitos paralisantes e altamente tóxicos.

E todos estes efeitos adquirem dimensões catastróficas num elevador.

Porque é que... I

...há coadores (vulgo: porteiros) à porta dos sítios supostamente mais selectos?

Assim a nata da sociedade não entra.